O juiz admitiu que esse não foi o primeiro episódio em que se posicionou processualmente durante um período de férias e alegou que os tribunais superiores permitem a postura em casos urgentes.
Em defesa apresentada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que apura a atuação de magistrados no polêmico episódio que envolveu a liberdade e manutenção da prisão do ex-presidente Lula (PT), o juiz Sérgio Moro se justificou por ter despachado durante o período em que estava de férias.
Segundo ele, a soltura do petista provocaria uma “situação de risco” ao país. Para explicar a postura, ele destacou a dificuldade enfrentada pela Polícia Federal e pela Justiça Federal para cumprir o primeiro mandado de prisão contra Lula, em 7 de abril.
Moro também admitiu que esse não foi o primeiro episódio em que se posicionou processualmente durante um período de férias e alegou que a jurisprudência dos tribunais superiores permite aos juízes agirem assim em casos urgentes.
O juiz da Lava Jato nega que tenha agido em confronto da decisão do desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional federal da 4ª Região (TRF4). De acordo com ele, sua atitude foi de apenas determinar que a 8ª Turma do TRF4 fosse consultada acerca da decisão.