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PIB baiano cresce 0,2% no 3º trimestre de 2023 e acumula taxa de 0,5% de janeiro a setembro

Resultados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) mostram que o nível de atividade econômica do estado, representado pelo Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 0,2% no terceiro trimestre de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022. A equipe de Contas Regionais da SEI aponta que, na análise da série com ajuste sazonal, ou seja, 3º trimestre de 2023 contra o 2º trimestre de 2023, observa-se ligeira retração (-0,1%). Em 2023, considerando os resultados acumulados no ano, de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2022, a taxa acumulada de crescimento da economia baiana corresponde a 0,5%.

PIB em Valor Corrente

No 3º trimestre de 2023, o PIB baiano totalizou R$ 96,8 bilhões, sendo que R$ 83,8 bilhões são referentes ao Valor Adicionado (VA) e R$ 13,0 bilhões, aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Com relação aos grandes setores econômicos, a Agropecuária apresentou Valor Adicionado de R$ 5,3 bilhões, a Indústria R$ 19,2 bilhões e os Serviços R$ 59,4 bilhões.

Para o ano de 2023, os resultados acumulados mostram PIB corrente equivalente a R$ 322,4 bilhões, sendo R$ 287,1 bilhões de Valor Adicionado (VA) e R$ 35,3 bilhões de impostos. Para os setores econômicos, os valores acumulados em 2023 são: Agropecuária (R$ 30,1 bilhões), Indústria (R$ 74 bilhões), e Serviços (R$ 183 bilhões).

3º Trimestre 2023 / 3º Trimestre 2022

Quando comparado ao mesmo trimestre de 2022, o PIB da Bahia apresentou resultado positivo de 0,2%. O Valor Adicionado apresentou variação de 1,0% enquanto os impostos tiveram queda de 4,7%. Dois setores registraram expansão: agropecuária, com taxa positiva de 5,0% e serviços, com alta de 2,7%. O crescimento do setor agropecuário foi determinado pela expansão na produção de algodão, mandioca, milho e soja; além disso, o segmento da pecuária (bovinos) também contribuiu positivamente para expansão do setor.

A expansão de 2,7% do setor de serviços foi determinada pela administração pública, atividade mais importante dentro da economia baiana, com crescimento de 3,2%, pelo segmento de transportes (+2,6%) e as atividades imobiliárias (+2,6%). Já o segmento de comércio, segunda atividade mais relevante do setor, apontou crescimento de 0,1%. Os demais serviços registraram crescimento de 3,6% (inclui: Serviços de alojamento e alimentação; Serviços de informação e comunicação; Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares; Educação e saúde mercantis; Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços; Serviços domésticos).

Já o setor industrial apresentou retração de 4,0% no mesmo período de comparação. Todas as atividades industriais tiveram resultados negativos em comparação ao trimestre do ano anterior: indústria de transformação (-4,1%, em função da retração na produção dos segmentos de refino de petróleo, produtos químicos, celulose, borracha e plástico, minerais não-metálicos e metalurgia); indústria extrativa (-17,2%); construção civil (-0,4%); geração, distribuição e consumo de energia elétrica, gás e água (-1,1%, em função da retração na produção de energia nas fontes hidrelétricas).

Acumulado em 2023 (janeiro a setembro)

A economia baiana, no acumulado de janeiro a setembro de 2023, registrou expansão de 0,5% em comparação com o mesmo período de 2022. Os destaques positivos no ano ficaram por conta da produção agropecuária e dos serviços – este último impulsionado pela expansão dos segmentos da administração pública (1,1%), das atividades imobiliárias (2,5%) e dos transportes (5,9%), além do comércio com ligeira expansão de 0,2%. Por outro lado, o setor industrial baiano acumulou retração de 3,2% no mesmo período, onde se destacam os desempenhos negativos da indústria de transformação (-4,3%); da indústria extrativa mineral (-12,3%) e da construção civil (-0,8%). A única atividade do setor a registrar crescimento foi a geração, distribuição e consumo de energia elétrica, gás e água (+3,1%).

Fonte: Ascom/SEI

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