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Grupo no Telegram: Moraes manda PF identificar grupo “Caçadores de ratos do STF”

Ministro acatou sugestão da Procuradoria-Geral da República

De acordo com a determinação do ministro Alexandre de Moraes, a PF tem até 15 dias para apresentar um relatório à Corte com os nomes dos responsáveis pelo grupo “Caçadores de ratos do STF” – Foto: Abdias Pinheiro | SECOM | TSE

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta segunda-feira, 22, que a Polícia Federal (PF) identifique os membros de um grupo do Telegram chamado “Caçadores de Ratos do STF”. A corporação tem até 15 dias para apresentar um relatório à Corte com os nomes dos responsáveis. Entre os participantes do grupo estava Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, preso em julho, em Belo Horizonte (MG), por ameaçar os magistrados do STF.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, preso desde 22 de julho, é um dos 159 membros do grupo. Ele defendeu ataques contra políticos da oposição e ministros da Suprema Corte.

Na última sexta-feira, 19, a PGR pediu que a PF identifique todos os membros de um grupo. A decisão de Moraes desta segunda acata a sugestão da Procuradoria.

“Diante do exposto, acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e DETERMINO sejam os autos encaminhados ao Delegado de Polícia Federal Fábio Alvarez Shor para que, no prazo de 15 (quinze) dias, realize a análise do teor de mensagens trocadas e identifique todos os integrantes do grupo no Telegram ‘Caçadores de ratos do STF'”, determinou.

A PF já havia indicado anteriormente que não teve tempo suficiente para identificar os membros da comunidade. Na ocasião, os investigadores se colocaram à disposição para eventuais “novas pesquisas e diligências”.

Na ocasião, a investigação apontou que ele participava de grupos e listas de transmissão nas quais interagia com outros apoiadores, tendo a “intenção de potencializar o compartilhamento dos vídeos, imagens e textos produzidos, na maioria das vezes, com conteúdo criminoso, proferindo ofensas, intimidações, ameaças e imputando fatos criminosos a ministros do STF e integrantes de partidos políticos à esquerda do espectro ideológico”.

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