O não uso do cinto é uma infração de natureza grave, com multa de R$ 195,23
Os cintos de segurança são o meio mais eficaz que se dispõem para reduzir o risco de ferimentos graves e mortes em acidentes de automóvel. Para sua própria proteção e dos demais ocupantes do veículo, as autoridades de trânsito frisam que devemos sempre utilizar os cintos de segurança quando o veículo estiver em movimento. De acordo com os dados da Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), de janeiro a agosto do ano passado, foram registrados 5.089 condutores sem o uso do equipamento e também, 727 passageiros cometendo a mesma infração.
Em relação ao mesmo período de 2020, os dados mostram que houve uma queda significativa, já que foram 3.702 motoristas e 648 passageiros multados pelo não cumprimento da lei de trânsito. Segundo o órgão, vele lembrar que ambas são infrações de natureza Grave, onde computam 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e, multa de R$ 195,23.
A Transalvador identificou, ainda, os dez bairros com maior número de registros para infrações por falta de uso do cinto de segurança. O bairro de Piatã lidera com 1.417 pessoas multadas. O bairro do Caminho das Árvores com 1.248, na Boca do Rio foram 165, no Lobato 133, no Imbuí 111, no Comércio 85, em Nazaré 78, na Barra 70, em Pernambués 50 e por fim no bairro do Parque Bela Vista com 46 pessoas flagradas sem o cinto.
SEGURANÇA
O Policial Rodoviário Federal (PRF) e especialista em trânsito, Vítor Fernandes, explica que o cinto de segurança é um dispositivo destinado à segurança do condutor e dos passageiros dentro do veículo. “Seu uso no banco traseiro é tão importante quanto no banco dianteiro. Em situações de colisão ou freadas bruscas, ele impede que seu corpo se choque com o painel, para-brisas ou contra as partes rígidas do veículo”, alerta o especialista.
Segundo o policial, deve-se compreender que o cinto de segurança não vai impedir acidentes, mas pode atenuar as suas consequências, desde que usado corretamente. “O uso do cinto de segurança é uma forma de garantir a vida. Ao entrar no veículo, não deixe de colocá-lo e peça para que todos os passageiros usem também”, recomenda.
Ele fala que quando o veículo estiver em movimento, devemos manter o banco de forma que o cinto de segurança fique sobre o ombro e nunca perto da face ou pescoço. “No caso do cinto abdominal, este deve estar acomodado sobre a região pélvica, com folga de aproximadamente 3 cm. Outro cuidado é verificar se o cinto está torcido e estendê-lo para fixar ao clipe”, pondera Vítor Fernandes.
CAMPANHA
Empenhada em levar mensagem da segurança no trânsito para toda população, Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) estimula as novelas, séries, filmes, minisséries e as propagandas veiculadas na tevê e nos meios digitais em todo o Brasil, levar a mensagem da segurança no trânsito.
Para isso, o órgão enviou um ofício à Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e principais emissoras de TV do País, pedindo a emissão de um alerta às suas associadas para que exibam, nos anúncios publicitários e programas televisionados, imagens de motoristas e passageiros fazendo o uso correto do cinto de segurança, especialmente no banco de trás dos veículos.
A mobilização pelo uso do cinto é uma das iniciativas da Abramet no âmbito da Semana Nacional de Trânsito, ação educativa do governo federal que será realizada entre início no dia 18 e 25 de setembro. Com o mote “Perceba o risco. Proteja a vida” a ação pretende fomentar uma mudança de comportamento no trânsito para preservar a vida e reduzir os índices de acidentes com vítimas fatais e portadores de sequelas.
A expectativa é que tanto a publicidade quanto a dramaturgia possam agregar essa mensagem, exibindo pessoas usando o cinto de segurança em todos os assentos dos meios de transporte. “No Brasil, o brasileiro usa o equipamento de segurança no banco dianteiro, mas relaxa o cuidado quando acomodado no banco traseiro dos veículos”, diz Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet. Segundo ele, a entidade enxerga esse hábito com preocupação e quer contribuir para uma mudança de mentalidade. “O cinto salva vidas e pode reduzir, significativamente, o risco de morte”.