Entre as denúncias, há relatos de discussões em banheiros sobre questões das provas e uso de celular em sala durante a aplicação do exame.
As diversas denúncias de irregularidades na realização das provas do concurso da Polícia Civil baiana, em abril, levaram o Ministério Público Estadual a recomendar a suspensão do pleito até que sejam concluídas as investigações.
As promotoras Heliete Viana e Rita Tourinho desejam que a Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb) interrompa o andamento do processo que é dirigido pela Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp).
Diversos grupos de “concurseiros” de Salvador e Feira de Santana, no Centro Norte, protocolaram no MP os relatos de uso indevido de aparelhos celulares durante as aplicações das provas. Em grupos de WhatsApp, há comentários de discussões em banheiros sobre questões do exame.
Um dos denunciantes, que não quis se identificar, atribuiu as fraudes à falta de fiscalização. “Eram poucos fiscais e eles não utilizaram o detector de metais para liberar a entrada e saída dos banheiros”, reclamou em entrevista.
No dia 23 de abril, a Vunesp, com sede em São Paulo, emitiu nota à imprensa garantindo que primava pela “lisura do concurso”, que não registrou nenhuma situação que fugisse à normalidade na aplicação das provas, mas apuraria a denúncias assim que recebesse os malotes com as folhas de respostas.