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Itália prende terroristas que planejavam ataques em Veneza

Grupo é originário de Kosovo e atuava no centro da cidade.

A polícia italia desmantelou na madrugada desta quinta-feira (30) uma célula terrorista na zona central de Veneza que planejava atentados na cidade, uma das mais turísticas do país. A operação foi conduzida pela Direção Distrital Antimáfia e Antiterrorismo do município. Ao menos três pessoas foram detidas, além de um menor de idade. Todos são originárias de Kosovo e residentes na Itália com visto de permanência regular.

Um deles tinha acabado de voltar da Síria, onde recebeu treinamento de extremistas islâmicos. A polícia também executou 12 mandados de busca, dos quais 10 ocorreram em Veneza, um em Mestre e outro em Treviso.

Os detidos foram identificados como Fisnik Bekaj, de 24 anos, Dale Haziraj, de 25 anos e já conhecido pelas forças de segurança por um episídio de ameaça a seu chefe, e Arjan Babaj, 27 anni.

A célula terrorista foi descoberta pela polícia italiana e teve suas atividades monitoradas até que toda sua dinâmica operacional fosse identificada. As autoridades conseguiram seguir os rastros deixados pelos jihadistas, assim como os locais que eles frequentavam e as pessoas que tentavam radicalizar. Em uma das conversas interceptadas, um dos extremistas orientava seus parceiros a explodir uma bomba em Rialto, onde fica a ponte mais famosa da cidade.

“Em Veneza, você ganhará o paraíso rapidamente devido ao grande número de descrentes que tem aqui.   Coloque uma bomba em Rialto”, disse. As autoridades italianas e o governador da região do Vêneto, Luca Zaia, celebraram as prisões. “Estas notícias são as que nos fazem sentir mais segurança”, comentou.

Mas a identificação de uma célula terrorista na Itália fez com que partidos de extrema-direita pedissem medidas mais restritivas de acesso de imigrantes ao país. “Acredito que seja necessário blindar as fronteiras da Itália, marcar e controlar quem entra e quem sai do país, porque amanhã pode ser tarde demais”, disse o líder do partido Liga Norte, Matteo Salvini. (ANSA)

 

 

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