Após confirmar e cancelar na mesma semana a liberação do repasse emergencial de R$ 2 bilhões para as prefeituras de todo o país, o governo federal informou aos municípios nesta sexta-feira (29) que fará o deposito. O presidente Michel Temer assinou uma Medida Provisória (PM) que garante o Auxílio Financeiro aos Municípios (AFM) para 2018.
Apesar da reafirmação do compromisso, o revés entre governo e prefeituras continua, uma vez que o recurso não tem data determinada para chegar aos cofres. “Essa é mais uma prova de que o presidente não tem nenhuma consideração e respeito pelos municípios e pelas pessoas que vivem aqui. Depois de toda essa sacanagem de nos surpreender ao não cumprir o que foi acordado em Brasília, na última sexta-feira (22), protela o problema por mais um ano e ainda determina como vamos gastar?!”, disse o presidente da União dos Municípios da Bahia, Eures Ribeiro.
O gestor afirma, ainda, que os 417 prefeitos do estado estão sem saber o que fazer diante da situação. “Contávamos como repasse para fechar as contas do ano. Nem tenho palavras para classificar uma postura tão desrespeitosa desse governo. Se não podemos confiar no presidente da Nação, o que nos resta?”, completa.
A tensão entre as contas e os cofres dos municípios ficou ainda mais tencionadas, segundo Eures, após a aprovação do aumento do piso salarial para professores nesta quinta-feira (28) sem aumentar os investimentos na educação.