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Rio: 88% dos internados com Covid-19 não tem esquema vacinal completo

Segundo o secretário municipal da Saúde, quem está na hora de tomar a dose de reforço pode ir aos postos que há imunizantes garantidos

Enquanto há a corrida para acelerar o calendário de vacinação contra a Covid-19 das crianças, a Prefeitura do Rio ainda tem tentado convencer os atrasados maiores de 12 anos a completarem o ciclo vacinal. Essa grande parcela de população não tem direito apenas às primeira e segunda doses de um dos imunizantes, mas também à dose de reforço (DR) e até a uma quarta — caso dos imunossuprimidos.

Dos 878 internados na rede SUS, dado da manhã desta sexta-feira no painel da Prefeitura do Rio, o número é cada vez maior dos que não tomaram todas as doses, estimado pelo secretário municipal de Saúde Daniel Soranz de chegar a 88%. Isso inclui a falta da DR, que pode ser aplicada com quatro meses de intervalo da segunda. Tal panorama é visto com preocupação.

“A gente está muito preocupado com o aumento das internações por conta dos não-vacinados. Oitenta e oito por cento das pessoas que estão internadas não completaram o seu calendário vacinal. A gente já passa de 61% de taxa de ocupação, ainda não é uma ocupação tão alta quanto no auge da pandemia, mas ela já é bem maior do que a gente já tinha em dezembro. Então é muito importante que as pessoas tomem a dose de reforço. Seiscentos e cinquenta mil cariocas já estão aptos a tomar a dose de reforço e não voltaram para se proteger. A dose de reforço faz muita diferença na internação para a Covid-19 e também nos casos graves”, salientou o secretário em entrevista ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo.

Segundo o secretário, quem está na hora de tomar a dose de reforço pode ir aos postos que há imunizantes garantidos para os 650 mil cidadãos que estão no tempo certo. Para esse público estão disponíveis imunizantes da Pfizer, da AstraZenica e da Janssen para a DR.

“É muito preocupante. A gente recomenda que as pessoas se vacinem, tomem a terceira dose para evitar ser internada e evitar sobrecarregar o sistema de saúde”, destacou Soranz.

Pela manhã, o painel da Prefeitura do Rio mostrava 74 pessoas na fila de espera por um leito de UTI. Soranz afirmou que o município tem buscado abrir novos leitos, além dos 300 convertidos no Ronaldo Gazolla, em Acari, que foi usado como unidade exclusiva para pacientes com a Covid-19 durante momentos críticos da pandemia.

“A gente já tem leitos no Hospital Ronaldo Gazola, mas a gente está cobrando do governo federal da gestão hospitalar aqui do Rio de Janeiro que reabra 250 leitos no Hospital Geral de Bonsucesso e 150 leitos no Clementino Fraga Filho”, disse.

“Já foram convertidos 300 leitos (no Ronaldo Gazolla) e pode ser necessário converter mais 120”.

Fonte: O Globo

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