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Projeto 500 segue atraindo adesões espontâneas de diversos produtores de cacau

O Projeto 500, idealizado para elevar a produtividade das lavouras de cacau na Bahia, vem atraindo adesão espontânea de produtores em diversas regiões do estado. Com comprovações práticas de aumento de rendimento, a iniciativa chega em um momento favorável para a cacauicultura nacional: preços elevados no mercado internacional têm despertado o interesse de investidores e agricultores em buscar novas tecnologias capazes de ampliar a produção.

Por meio de encontros periódicos, grupos de produtores trocam experiências e testam práticas inovadoras. Em cada reunião, são apresentados exemplos vivos dos resultados obtidos, o que estimula uma mudança comportamental: cada vez mais produtores buscam não apenas manter, mas superar a meta de 100 arrobas por hectare, considerada viável mesmo com o cacau cotado entre US$ 3.000 e US$ 4.000 por tonelada.

“É importante lembrar que os movimentos de preço das commodities são, por natureza, cíclicos. Mesmo assim, com as práticas recomendadas pelo Projeto 500, manter uma produtividade acima de 100 arrobas por hectare continua sendo rentável”, explica o Dr. Ivan Costa, responsável pelos estudos de custo de produção que fundamentam as orientações do projeto. Segundo ele, o sucesso da metodologia está na combinação de teorias acadêmicas com resultados práticos, apresentados de forma transparente aos participantes.

O aumento expressivo de novos aderentes a cada reunião reflete não só a eficácia das técnicas, mas também a urgência do produtor em elevar sua receita. Em um cenário em que a sustentabilidade e a competitividade caminham lado a lado, o Projeto 500 mostra-se como referência para quem busca modernizar sua propriedade sem renunciar ao cuidado com o meio ambiente.

É válido ressaltar que se trata de um projeto independente, que a maioria dos grupos compartilham os custos entre os próprios produtores, em alguns deles entidades como SEBRAE e prefeituras também desempenham apoio financeiro.

Sobre o Projeto 500

Lançado na CEPLAC em 2005 pelo Dr. Ivan Costa, o Projeto 500 teve início com a formação de 26 células, totalizando 626 produtores. Atualmente conduzido pela Consulmat – Consultoria Mata Atlântica, sob a direção do próprio Dr. Costa, o programa foi estimulado pelos resultados positivos obtidos nos estudos de polinização manual e adubação modular. Desde então, reúne produtores de diferentes zonas cacaueiras da Bahia em encontros periódicos, nos quais são compartilhadas novas técnicas e avaliados ao vivo os ganhos de produtividade.

 

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