A PF reconstituiu a cena da morte e concluiu que a detonação de gás lacrimogêneo liberou gases tóxicos como monóxido de carbono e ácido sulfídrico
Perícia realizada pela PF (Polícia Federal) concluiu que a morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38, foi causada por gases tóxicos que provocaram colapso no pulmão do homem. Ele foi agredido e asfixiado em uma viatura da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em 25 de maio deste ano no município de Umbaúba, no sul de Sergipe. O laudo foi divulgado pelo Fantástico na noite deste domingo (9).
A PF reconstituiu a cena da morte e concluiu que a detonação de gás lacrimogêneo liberou gases tóxicos como monóxido de carbono e ácido sulfídrico. De acordo com a perícia, a concentração de monóxido de carbono foi pequena e a de ácido sulfídrico foi maior, o que pode ter causado convulsões e incapacidade de respirar.
Ainda segundo a investigação, Genivaldo fez um esforço físico intenso e isso, associado ao estresse causado pela abordagem, fez com que a respiração dele ficasse acelerada, o que pode ter potencializado os efeitos tóxicos dos gases.
Os policiais rodoviários Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia foram indiciados por abuso de autoridade e homicídio qualificado (asfixia e impossibilidade de defesa da vítima). Eles respondem em liberdade.