NOVA BAHIA 2024

Nova pesquisa escancara diferença entre eleitor de Lula e Bolsonaro

Principal preocupação econômica de quem vota em Lula é o desemprego; já entre os eleitores de Bolsonaro, o grande problema são os impostos

A nova rodada da pesquisa feita pelo BTG Pactual e o Instituto FSB Pesquisa mostra que a economia brasileira continua tirando o humor do eleitor este ano. Segundo o levantamento divulgado nesta segunda-feira, 50% dos entrevistados disseram que a situação da economia hoje é ruim e deve continuar assim nos próximos meses. O novo levantamento, no entanto, mostra uma diferença
capital na percepção dos eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos principais problemas econômicos do país.

Entre os eleitores de Lula, que lidera a pesquisa com 43% das intenções de voto, desemprego (47%), inflação (33%) e desigualdade social (33%) são os principais problemas da economia atualmente. Já entre os eleitores de Bolsonaro, o principal problema da economia são os impostos (42%), seguidos
da inflação (40%) e o desemprego (25%). A diferença é explicada já que Lula tem uma dianteira maior entre a parcela mais pobre da população, enquanto Bolsonaro tem mais intenção de votos nas camadas com mais renda. “A polarização das eleições se repete na visão sobre prioridades da agenda
econômica”, afirma André Jácomo, diretor do Instituto FSB.

Apesar do levantamento não trazer a inflação como o topo das preocupações dos eleitores no recorte conforme a intenção de voto no primeiro turno, a alta dos preços continua sendo uma precepção unânime do eleitor. De acordo com a pesquisa, 97% dos entrevistados afirmam que os preços subiram muito nos últimos três meses. O percentual é maior que os 95% no levantamento de 30 de maio e os 96%, de 13 de junho.

A oposição obteve 31 assinaturas para ingressar com um pedido de abertura da CPI do MEC no Senado Federal e o governo tem de rebolar para impedir que ela seja instalada. A investigação em torno da atuação dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos no empenho de verbas do Ministério da Educação, na época em que a pasta era comandada por Milton Ribeiro, tem potencial de dinamitar de vez a campanha do presidente à reeleição.

Ao longo dos últimos 30 dias, Lula oscilou de 46% (em maio) para 44% (em 13 de junho) e terminou o mês com 43% das intenções de voto no 1º turno. Já Bolsonaro permaneceu estável nas últimas pesquisas, saindo de 32% para 33%.

SIEL GUINCHOS

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