Apesar de verem o encarceramento no horizonte, os magistrados avaliam que ainda não há elementos para uma prisão preventiva
Com o avanço de investigações sobre condutas irregulares em várias frentes, é pouca a chance do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escapar de uma pena de prisão.
Conforme Bela Megale, no O Globo, tal avaliação é feita por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que teriam mudado a percepção sobre a possibilidade do ex-chefe do Executivo ser preso.
Segundo a coluna, enquanto em janeiro os magistrados previam que uma prisão poderia tumultuar o cenário nacional e aumentar ainda mais o capital político de Bolsonaro, agora eles acreditam que as chances do ex-presidente escapar de uma punição do tipo são pequenas.
Relatos de quatro ministros à coluna dão conta de que pelos elementos já tornados públicos “é muito difícil” que a pena seja branda ao ponto de mantê-lo em liberdade. Dentre os indícios apontados por ele estão aqueles envolvendo falsificação de cartões de vacina, venda irregular de joias presenteadas pela Arábia Saudita e elaboração de trama golpista.
De acordo com a publicação, mesmo com a descrença do subprocurador-geral Carlos Frederico dos Santos sobre a delação do ex-ajudante ordens da Presidência Mauro Cid, os ministros do Supremo têm conhecimento de que a Polícia Federal (PF) avançou na colheita de provas ligadas aos fatos narrados pelo tenente-coronel.
Apesar de ver o encarceramento no horizonte, na avaliação dos magistrados, ainda não há elementos que justifiquem uma prisão preventiva de Jair Bolsonaro. Conforme a coluna, eles defendem que o ex-mandatário precisa ter “todas as garantias do processo legal observadas”.