A Secretaria da Educação do Estado entregou, nesta terça-feira (17), a Fábrica-Escola do Chocolate Deize Silva Santana e implantou o projeto Escolas Culturais, em Ilhéus (446 km de Salvador), no Sul da Bahia. Os projetos dialogam com a cultura e a identidade da cidade, seja por meio da arte, em suas distintas linguagens, seja por meio da interlocução com as cadeias e arranjos produtivos locais, com o objetivo de promover o protagonismo estudantil e a formação profissional e empreendedora dos estudantes, abrindo as unidades escolares para a comunidade.
O lançamento do projeto Escolas Culturais aconteceu pela manhã, no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, com apresentações de dança, teatro e outras manifestações artísticas. O projeto reconhece e requalifica a escola como um espaço de circulação e produção da diversidade cultural do Território de Identidade onde está inserida e potencializa as experiências artísticas e culturais já existentes nas unidades escolares, fomentando novas atividades. Este projeto Escolas Culturais já foi lançado em Jequié, Itabuna, Juazeiro, Gandu, Bom Jesus da Lapa, Feira de Santana, Itaberaba, Teixeira de Freitas, Guanambi, Seabra, Ipiaú, Irecê e Santo Antônio de Jesus e é resultado de parceria entre as Secretarias da Educação, de Cultura (SECULT), de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e Casa Civil.
Fábrica-Escola – No período da tarde foi entregue a Fábrica-Escola do Chocolate Deize Silva Santana, no Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Nelson Schaun, quando os presentes conheceram as instalações da Fábrica, que servirá como laboratório para que os estudantes que fazem os cursos técnicos de nível médio tenham aulas práticas e possam desenvolver projetos, pesquisas e intervenções sociais, aperfeiçoando a formação profissional. Também foi lançado no CEEP Nelson Schaun o Escritório Criativo Territorial, que somado à Fábrica-Escola do Chocolate, servirá de campo de estágio para os estudantes e disponibilizará serviços de consultoria e assessoria no Território, voltadas, por exemplo, para a proteção à inovações, criações, marcas e patentes de estudantes, professores e comunidades.
O secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, falou sobre o papel pedagógico das iniciativas. “O projeto Escolas Culturais está sendo implantado dentro de um contexto pedagógico para que possam ser uma realidade no dia a dia da unidade durante todo o ano. E a proposta segue a ideia do educador Anísio Teixeira de que conhecimento e valorização das características locais, neste caso, a cultura, promove o crescimento do indivíduo para trilhar o seu caminho”, ressaltou, ao destacar que as Fábricas-Escolas seguem esta mesma diretriz. “Já foram implantadas as Fábrica-Escola do Chocolate, em Gandu, e a Fábrica-Escola do Couro, em Ipirá, sempre com a proposta de dinamizar as práticas pedagógicas, oferecendo o campo de estágio para os estudantes, a partir da educação empreendedora contextualizada com o território”, disse.
O estudante Abraão Aguiar, 17 anos, do Colégio Modelo, fez uma apresentação de voz e violão da canção “Canto da Cidade”, e falou sobre suas expectativas com o projeto Escolas Culturais. “Eu que sempre gostei de tocar e cantar música, quero incentivar a todos a conhecerem a importância da cultura”, afirmou. A estudante Jamile da Silva, 37 anos, do curso técnico de nível médio em Agroindústria, falou sobre o papel da Fábrica-Escola do Chocolate na sua formação. “Com o meu curso, eu estou tendo a experiência de praticar muito do que venho aprendendo e agora com a Fábrica poderei me aprimorar em um produto que é uma referência para a comunidade, que é o chocolate”, destacou.
UESC – Durante a passagem por Ilhéus, o secretário Walter Pinheiro, visitou o Centro de Inovação do Cacau, localizado na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). “Esse é um projeto que eu apoio com emendas desde minha atuação parlamentar com o incentivo de parques tecnológicos, neste caso mais específico, na pesquisa do cacau. Acredito que o desenvolvimento possa ajudar no crescimento econômico da região. Além do parque ter uma parceria com a Fábrica-Escola do Chocolate, pois foi a responsável pela capacitação dos professores e futuramente pode ser um local profissional para os estudantes”, destacou.