Líder religioso chegou a pedir 1 kg de ouro como propina para liberar verba do MEC
O suposto esquema operado pelos pastores Gilmar Santos e Arilson Moura para obter recursos junto ao Ministério da Educação (MEC) foi confirmado por ao menos dez prefeitos. De acordo com informações do Estadão, os gestores revelaram ter presenciado pedidos de propina por parte dos religiosos para liberar verbas públicas para as cidades.
“Ele [Arilton] disse que tinha que ver a nossa demanda, de R$ 10 milhões ou mais, tinha que dar R$ 15 mil para ele só protocolar [a demanda no MEC]. E, na hora que o dinheiro já estivesse empenhado, era para dar um tanto, X. Para mim, como a minha região era área de mineração, ele pediu 1 quilo de ouro”, relatou Gilberto Braga (PSDB), prefeito do município de Luís Domingues, no Maranhão, ao jornal.
Segundo a publicação, apesar de não terem cargo público o presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), Gilmar Santos, e o assessor de Assuntos Políticos da CGADB, Arilton Moura, participavam de várias agendas do ministro Milton Ribeiro.