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Corolla 2020: primeiro híbrido flex do mundo

Inédito híbrido flex a partir de R$ 100 mil - Foto: Malagrine | Divulgação

Líder isolado do segmento de sedãs médios no Brasil, o Toyota Corolla chega à 12ª geração com uma maiúscula renovação. Nada tão revolucionário, porém uma evolução da espécie. Neste lançamento, a Toyota traduz algo como: “Está bom? Mas pode ficar melhor”.

Para começar, pela inédita tecnologia híbrida flex. É o primeiro híbrido produzido no Brasil em série. Indo mais longe, é o primeiro motor híbrido flex do mundo. Outro mérito: é o de preço mais acessível dessa categoria. E poderá, no futuro, ser oferecido em versões mais em conta, conforme haja demanda.

Corolla tem preço mais acessível da categoria

O conjunto híbrido, importado do Japão, traz três motores, sendo um flex a combustão e dois elétricos. É baseado no motor do Prius, porém com desenvolvimento para receber etanol. A unidade 1.8 VVT-i 16V gera 101 cv de potência quando abastecido com etanol e 98 cv com gasolina. O torque é de 14,5 kgfm a 3.600 rpm. Esse propulsor trabalha em conjunto com os dois elétricos. Combinados, chegam a 123 cv. A transmissão é a CVT Hybrid Transaxle, que oferece o modo Eco, recurso que aproveita mais o torque dos motores elétricos.

No trecho de cidade avaliado pelo Autos, de A TARDE, o Corolla Altis Hybrid é totalmente silencioso e tem rodar suave. Quando se exige um pouco mais, numa aceleração, é possível perceber a entrada em ação do motor a combustão, também de forma suave. Com o tempo nem se distinguem tanto as mudanças. O que faz a diferença mesmo é o consumo: pelas medições do Inmetro, o Corolla híbrido faz 16,3 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada com gasolina; com etanol roda 10,9/9,9 km/l. Ou seja, é mais eficiente nos circuitos urbanos.

Versão Altis Híbrido Flex combina três motores

Outro dado relevante é que o Corolla passa a ser o carro movido a etanol mais eficiente do Brasil, com 1,38 MJ/km – medição em megajoule por quilômetro. Esse número representa a quantidade de energia necessária para mover o carro por um quilômetro. Para se ter ideia, modelos 1.0 mais eficientes hoje fazem entre 1,45 e 1,55 MJ/km.

Por ser híbrido, o carro não requer horas de recarga das baterias na tomada, como ocorre com os elétricos. Esse Toyota, assim como o Prius, opera com o sistema de freios regenerativos, que acumula a energia cinética gerada pelas frenagens e a transforma em energia elétrica, alimentando a bateria híbrida. Isso garante maior autonomia ao modelo no modo elétrico, também contribuindo para economia de combustível.

Motor a combustão

Se o híbrido flex era esperado para ser o centro das atenções, a Toyota reservou outra carta na manga para este lançamento: o novo motor flex que equipa as demais versões. O 2.0 de quatro cilindros e 16 válvulas conta com novo sistema de injeção direta e indireta. Com alta taxa de compressão (13:1) e curso longo e novos pistões, o novo motor é 15% mais potente e 9% mais eficiente que o da geração anterior. Fabricado em Porto Feliz (SP), esse é o motor mais potente que já equipou um Corolla: 177 cv (etanol). O torque máximo é 21,4 kgfm a 4.400 rpm. A transmissão também é inédita: CVT Direct Shift de 10 marchas.

No percurso em estrada deu para sentir a boa disposição desse motor, embora o roteiro não permitisse abusar de velocidades muito altas. De qualquer forma, percebe-se uma melhor resposta ao acelerar. Os engenheiros explicam que foi colocada uma engrenagem mecânica que atua na arrancada do veículo e só depois da segunda marcha entram em ação polias e correia e assim tornam esse CVT mais proveitoso em qualquer velocidade.

E não é só o motor. A nova plataforma deixou o centro de gravidade do Corolla mais baixo em 10 mm, e a combinação das soluções na suspensão traseira independente e a estrutura mais rígida (60% a mais que o antecessor) resultam em um sedã mais agarrado ao chão, mesmo exigindo um pouco mais do carro, como quando foi avaliado em asfalto irregular e molhado.

A Toyota não divulga dados de desempenho, como aceleração de 0 a 100 km/h ou velocidade máxima.

Interior renovado, o acabamento é primoroso

Renovação

A renovação externa segue o estilo europeu do Corolla, com adaptações, como sugerem os executivos da Toyota. Apesar de moderno, mantém o estilo sóbrio.

Por dentro, desde a versão de entrada GLi, nota-se capricho e boa qualidade dos materiais. Essa opção vem com bancos que mesclam tecido e couro. Desde o GLi, traz a central multimídia de 8” que se sobressai no painel central em vez de estar integrada a ele. Questão de gosto.

O painel de instrumentos nas versões 2.0 conta com três mostradores, com destaque para a tela de TFT de 4,2” colorida que indica marcha, consumo de combustível, hodômetro e autonomia, entre outros. A versão Altis híbrida possui uma tela TFT de 7” digital e colorida, que inclui indicador do sistema híbrido.

Entre os equipamentos, destaque na versão Altis 2.0 (e opcional na híbrida) para o teto solar elétrico e o pacote de segurança ativa Toyota Safety Sense, que inclui alerta de mudança de faixa, controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, farol alto automático e assistente de pré-colisão com alerta sonoro e visual e, se necessário, frenagem automática (comandos podem ser controlados também pelo volante).

Com a distância entre-eixos mantida em 2,7 metros, o espaço traseiro continua generoso, assim como o porta-malas de 470 litros.

Todas as versões do novo Corolla têm cinco anos de garantia. O híbrido terá, além dos cinco anos, mais três anos de garantia adicionais, chegando a oito anos.

PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE SÉRIE

GLi: ar-condicionado manual, seis ajustes do banco do motorista, direção eletroassistida progressiva, computador de bordo com tela TFT de 4,2”, vidros elétricos, central multimídia de 8”, conexão com Android Auto e Apple CarPlay, 7 air bags, câmera de ré, Isofix, rodas de 16”, controles de estabilidade e de tração e assistente de partida em rampa.

XEi: adiciona ar-condicionado automático, controle de velocidade de cruzeiro, modo de seleção de condução Sport, paddle shift, destravamento das portas por sensores na chave, partida por botão, faróis de neblina dianteiros em LED,  rodas de 17” e retrovisor interno eletrocrômico.

Altis Híbrida: painel de instrumentos com tela TFT de 7” digital e colorida com computador de bordo Altis. Acrescenta faróis dianteiros em LED e pacote de segurança ativa Toyota Safety Sense. Inclui de série o pacote Premium: ar-condicionado automático dual zone, 8 ajustes elétricos do banco do motorista, retrovisores externos eletrorretráteis com regulagem elétrica e rebatimento automático ao fechar o veículo, teto solar elétrico, sensor de chuva e faróis e lanternas traseiras em LED.

SIEL GUINCHOS

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