Vendas do varejo avançaram 3,1%. Queda da inflação, redução dos juros e liberação de saques das contas do FGTS influenciaram o resultado.
Diante da recuperação da economia, as vendas do comércio varejista registraram, em julho, o quarto crescimento mensal consecutivo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (12), mostram que houve avanço de 3,1% frente a igual período do ano anterior – o melhor resultado para esse tipo de comparação desde 2013.
Móveis e eletrodomésticos, tecidos e calçados, material de escritório e material de construção foram os principais responsáveis pelo desempenho positivo do período. Parte desse movimento de alta de vendas foi influenciado pela queda da inflação, pela redução dos juros e pela medida do governo que liberou o saque de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“Esses dados mostram um crescimento consistente do varejo que é evidenciado pelo acumulado de janeiro a julho, que mostra um crescimento de 0,3%”, observou Isabella Nunes, técnica do IBGE responsável pela pesquisa. O indicador ainda mostrou resultados positivos em outros recortes. Na média móvel trimestral, a alta foi de 0,4%; comparado com junho, a pesquisa mostrou estabilidade nas vendas.
Entre todos os segmentos observados pelo IBGE, apenas combustíveis e lubrificantes apresentaram retração na comparação com julho do ano passado. O melhor desempenho do período ficou com tecidos vestuários e calçados, que cresceu 15,5%; o segundo lugar ficou com móveis e eletrodomésticos, com 14,8%.
Estados
Os números mostram que o avanço foi disseminado entre as unidades da Federação. Na comparação com julho de 2016, 20 das 27 registraram crescimento. Os destaques foram Santa Catarina (14,2%) e Alagoas (10,3%)