Nesta terça-feira, 29, no 9º dia da paralisação dos caminhoneiros no Brasil, cerca de 70% dos 250 postos localizados em Salvador e região metropolitana (RMS) estavam funcionando e abastecidos de gasolina, etanol e diesel, embora este combustível estivesse disponível em menor quantidade.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniências do Estado da Bahia (Sindicombustíveis-Bahia), Walter Tannus, a expectativa da entidade é que o abastecimento se regularize aos poucos em todo o estado. “Quando a greve acabar, a previsão é que em 72 horas o abastecimento esteja normalizado”, estimou Tannus.
No interior do estado, a situação ainda não está próxima da normalidade. Diante do quadro, pontos das BRs-101, 242 e 116 nas cidades de Alagoinhas, Feira de Santana, Eunápolis, Barreiras, Jequié e Senhor do Bonfim, ocupadas por caminhoneiros foram liberadas nesta terça, por equipes do Batalhão de Choque de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA).
Os trechos utilizados por manifestantes foram desobstruídos e ocupados por guarnições da Polícia Militar ficarão para evitar novas retenções.
De acordo com a SSP, os caminhoneiros que estavam nas rodovias baianas liberavam a passagem de carros e ônibus, mas estavam bloqueando os veículos de carga. Ainda segundo a SSP-BA, a operação contou com equipes das polícias Militar e Rodoviária Federal.
Perdas
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada em SP, MG, RJ, PR, BA e DF, a perda nas vendas de combustíveis e lubrificantes foi estimada em R$ 1,42 bilhão.
Já a escassez de combustíveis que restringiu a oferta de produtos hortifrutigranjeiros no ramo de hiper, supermercados e minimercados contabilizou perda de R$ 3,1 bilhões no faturamento, até a segunda, 28.
As unidades avaliadas correspondem a 56% da receita destes segmentos em nível nacional que juntos respondem por 47% do volume anual de vendas do varejo brasileiro.