NOVA BAHIA 2024

‘Temos que ajudar produtor a mudar matriz genética do cacau’, propõe Vilas-Boas

Fábio Vilas-Boas avalia que a mudança da matriz genética é um desafio para o aumento da produtividade da lavoura cacaueira.

Foto: Ascom/Fábio Vilas-Boas

O médico e cacauicultor Fábio Vilas-Boas avalia que a mudança da matriz genética é um desafio para o aumento da produtividade da lavoura cacaueira na Bahia. Conforme explicou nesta segunda-feira (1º), em entrevista ao Jornal da Nova, da Nova FM 89.3, emissora de Ipiaú, o agricultor precisa de financiamento para substituir as árvores atuais por mudas de clones resistentes à vassoura-de-bruxa, a exemplo da PH 1319 e da CCN 51.

Segundo Vilas-Boas, também é necessário equacionar as dívidas dos produtores de cacau, para que voltem a ter acesso a crédito. “Isso tudo precisa de assistência técnica, orientação e financiamento, porque a substituição de uma árvore antiga por uma nova demanda em torno de 3 anos de quebra da produção”, acrescentou.

A lavoura cacaueira ocupa 403 mil hectares na Bahia, que colheu 111.439 toneladas de cacau em 2020. No mesmo ano, o Pará, recordista do país, produziu 135.150 toneladas do fruto em 147.222 hectares. Os dados são do Caderno Setorial Etene, publicado neste ano pelo Banco do Nordeste.

Para Vilas-Boas, saúde pública mudou totalmente na Bahia. Também defendeu o legado da sua gestão à frente da Secretaria da Saúde da Bahia, de 2015 a 2021, com pleno apoio do governador Rui Costa.

“Nós temos um caso de sucesso – a gente pode dizer assim – da mudança total na feição da saúde pública do estado da Bahia nesses sete anos. Nós conseguimos implementar um trabalho de descentralização e regionalização da saúde, levando a alta complexidade para o interior. Construímos 10 hospitais, 25 policlínicas e isso precisa ser levado para outros estados e precisa ser ampliado dentro da Bahia”, argumentou, ao explicar uma das bandeiras da sua pré-candidatura a deputado federal.

A entrevista também abordou o enfrentamento da covid-19. No Brasil, a Bahia tem o segundo menor índice de mortos pela doença a cada 100 mil habitantes, 183.35. Sobre o momento atual da pandemia, Fábio Vilas-Boas disse que é necessário agir de forma cautelosa, pois parte significativa da população ainda não foi completamente imunizada contra o novo coronavírus.

SIEL GUINCHOS

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