Na mesma semana em que o presidente americano, Joe Biden, mandou seu Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, a Brasília para convidar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para uma visita à Casa Branca, democratas no Senado dos EUA se moveram para destravar a indicação de Elizabeth Bagley para ser a nova embaixadora do país no Brasil ainda antes da posse de Lula, em 1º de janeiro.
O movimento é mais uma mostra da prioridade que a gestão Biden dá à relação com o Brasil sob o futuro governo Lula.
Os EUA têm assistido ao avanço de sua principal adversária, a China, na América Latina ao mesmo tempo em que vivem uma escassez de interlocutores na área.
Biden vê em Lula uma oportunidade de alterar a situação e avançar em pautas prioritárias para a sua agenda, como as mudanças climáticas.
“A relação entre EUA e Brasil é mais crucial agora do que nunca”, afirmou o Senador democrata Mark Warner, que é também ex-governador do Estado da Virgínia.
“O Brasil (é) a maior economia da América do Sul, um país que passa por uma transição dramática agora. O Brasil dará posse a seu novo presidente no início de janeiro. E eu acredito, francamente, que é uma vergonha que estejamos há quase 2 anos sem embaixador no Brasil. É extremamente importante que a embaixadora Bagley esteja em Brasília para apresentar suas credenciais a tempo da posse.”
Os EUA não têm representação do mais alto nível em Brasília desde o anúncio da aposentadoria de Todd Chapman, em meados de 2021. Chapman sofria resistências por parte dos democratas por ser visto como muito ligado a Donald Trump e a Jair Bolsonaro.