O governador Rui Costa (PT) informou hoje que fez um apelo aos deputados federais que são alinhados ao seu governo na Bahia para que votem contra “a reforma da Previdência e as oligarquias” no Congresso, enquanto lamentava a suspensão da concessão de um empréstimo do Banco do Brasil ao Estado, no valor de R$ 600 milhões, para investimentos no metrô e em obras de recuperação de estradas.
As declarações, dadas durante uma vistoria técnica às estações do metrô na Paralela, que ganhará proximamente um ponto em Mussurunga, foram rapidamente interpretadas por parlamentares presentes como uma resposta ao malogro de um acordo pelo qual deputados baianos ligados a Rui votariam a favor o presidente Michel Temer ou se absteriam na votação do pedido do PGR para processá-lo por corrupção passiva em troca da liberação do dinheiro.
Ao falar sobre o empréstimo, o governador disse que a Bahia continuará trabalhando para honrá-lo sem se colocar de joelhos. “A Bahia não se rende, não ficará de joelhos e a Bahia não renderá à mesquinharia, à política velha, do passado, a Bahia quer caminhar para frente, para o futuro, esta coisa da velha política, da oligarquia, essa política não vai, com absoluta certeza, ter vitória na Bahia”, declarou.
A fala também foi encarada como uma indireta ao DEM, inclusive da Bahia, que trabalhou contra a liberação do dinheiro sob o argumento de que ele teria uso eleitoreiro e desequilibraria a disputa entre Rui e o prefeito ACM Neto (DEM) na sucessão estadual de 2018.
“O povo baiano se expressa através do 2 de Julho, da raça, da determinação do povo negro, da periferia, o povo que trabalha. Então, não vamos nos render nem à mediocridade nem à baixaria, nem as velhas oligarquias, os donos da mídia que querem, na minha opinião, conter o avanço da Bahia, a Bahia não se renderá e ninguém vencerá o trabalho nem a fé em Deus”, disse
Segundo Rui, aqueles que defendem “a velha política, a política da perseguição, a política da oligarquia, estes com certeza não serão vitoriosos e a Bahia superará a crise e espero muito, já conversei com os nosso deputados, que possam barrar a tentativa de retirar o direito da Previdências das pessoas, infelizmente, já tivemos a aprovação da reforma trabalhista”.
Ele acrescentou que fez “um apelo aos nossos deputados que não permitam que aqueles que não gostam de gente, não gostam de trabalhador rural, vençam no Congresso Nacional. Então, se depender da minha opinião, ou do meu pedido, os nossos deputados vão votar contra a reforma da Previdência e contra as oligarquias.”