O faturamento da cacauicultura brasileira sofreu mais um forte tombo no ano passado por causa da piora da produção na Bahia e dos baixos preços da amêndoa no país, que refletiram a desvalorização global da commodity. Segundo cálculo da TH Consultoria, a receita dos produtores de cacau no ano passado recuou 22,5% ante 2016, para R$ 1,146 bilhão.
O valor foi calculado com base em uma produção nacional estimada em 162,853 mil toneladas, que só foi 7,4% maior do que no ano anterior por causa do aumento da produção no Pará.
Segundo Thomas Hartmann, diretor da consultoria, a colheita de cacau na Bahia foi de 99,340 mil toneladas – menor volume desde 1972, quando a consultoria começou a realizar o acompanhamento de safra, “e provavelmente o menor desde a catastrófica temporada de 1962/63”, afirmou, em nota.
Já a colheita de cacau no Pará em 2017 foi estimada em 63,512 mil toneladas – a terceira maior da História e 36,1% acima do ano anterior. O preço médio do cacau no Brasil ficou em R$ 105,61 a arroba, 27,9% menor do que o preço médio de 2016. O preço médio obtido pelos produtores da Bahia ficou em R$ 107,84 a arroba, queda de 26,5%, enquanto no Pará o preço caiu 30%, para R$ 102,13 a arroba.