“Nós temos que nos dirigir aos evangélicos, aos católicos, aos ateus, aos que tem religião de matriz africana como cidadãos”, completa ex-ministra
A candidata a deputada federal por São Paulo Marina Silva já começou a atuar por Lula entre os evangélicos. Numa conversa nesta quarta-feira (14) no UOL, a ex-ministra, que é evangélica, acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “usar o nome de Deus em vão” e alertou os eleitores fieis para olharem as propostas dos candidatos, não os interesses políticos dos líderes religiosos que estão com ele no governo. A informação é da coluna Radar, da revista Veja.
“Nós temos que nos dirigir aos evangélicos, aos católicos, aos ateus, aos que tem religião de matriz africana como cidadãos. E não são todos os evangélicos que estão com Bolsonaro. Uma parte já percebeu que Jesus Cristo não tem nada a ver com uma arma na Marcha para Jesus, que Jesus Cristo não tem nada a ver com a falta de compaixão com aqueles que perdem sua vida. Tanto é que ele se dirigiu à casa de Maria e de Martha para ressuscitar Lázaro. Tal era a compaixão, que ele chorou ao chegar ao túmulo de Lázaro. Então, essa atitude (de Bolsonaro) de ficar imitando as pessoas que estão chorando, dizer que é apenas uma gripezinha aquilo que tirou a vida de quase 700.000 pessoas, isso não tem nada a ver com o ensinamento dos evangélicos e de Jesus. O nome de Deus está sendo usado em vão e nós não podemos fazer isso”, afirmou Marina.