O Mapa (Ministério da Agricultura e do Abastecimento) reforça medidas de prevenção à praga que atinge o cacau, por meio da manutenção do estado de emergência fitossanitária para a Moniliophthora roreri, que está vigente desde o dia 4 de agosto de 2021.
A prorrogação visa reforçar as medidas de prevenção e evitar a dispersão da praga para as áreas de cultivo de cacau e cupuaçu. Os estados do Amazonas e Rondônia foram incluídos na declaração por serem as unidades da federação que fazem fronteira com o Acre.
“Apesar dos focos terem sido controlados, o fungo produz esporos que podem permanecer viáveis por meses em cacau velho e até mesmo na superfície das folhas, além disso, sua capacidade de dispersão pelo vento somada à grande quantidade de plantas hospedeiras em toda a área indica um alto o risco de surgimento de novos focos”, esclarece a chefe da Divisão de Prevenção e Vigilância de Pragas, Juliana Alexandre.
A Portaria também estabeleceu as diretrizes para elaboração do Plano Estadual Emergencial de Prevenção, Supressão e Erradicação da praga pelos três estados. O PEE-Monilíase deverá ser elaborado pelo Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal em articulação com a Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA).
O objetivo do Ministério da Agricultura é conseguir erradicar a praga na maior brevidade possível, enquanto ainda se encontra em uma área restrita do país.
Sobre a doença
A monilíase é uma da doença devastadora que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
A doença atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana. Na América do Sul, a praga já se encontra presente no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Mapa)
Foto: Mapa