Documento é assinado por diretoria nacional, conselheiros federais, seccionais e membros honorários vitalícios
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) publicou nesta segunda-feira, 8, um manifesto em defesa da democracia. No documento, a entidade afirma não ser apoiadora ou opositora de governos, partidos ou candidatos, mas, como guardiã do Estado Democrático de Direito, julga ter credibilidade para agir com amparo e intransigente defesa da democracia.
“Continuaremos a defender os direitos e garantias individuais, o modelo federativo, a divisão e a harmonia entre os Poderes da República, e o voto secreto, periódico e universal. Nossa atuação para que esses ideais se concretizem é comprovada por diversas ações, como o acompanhamento sistemático de todos os processos eleitorais, inclusive o deste ano, desde o início da organização do pleito até a posse de todas e de todos os eleitos”, diz trecho do documento.
No manifesto, a OAB afirma confiar no atual modelo do sistema eleitoral brasileiro, o que segundo a entidade é conduzido de forma exemplar pela Justiça Eleitoral, e defende ainda “eleições limpas, livres, com a prevalência da vontade expressa pelo eleitorado por meio do voto – o que vale para todos os cargos em disputa”.
Por fim, a entidade se coloca à disposição do país para zelar pelo respeito à Constituição. O manifesto é assinado pela diretoria nacional e conselheiros federais, pelo Colégio de Presidentes de Seccionais e por membros honorários vitalícios da Ordem.
A OAB não havia assinado a carta divulgada pela Faculdade de Direito da USP em defesa da democracia.
Confira o manifesto na íntegra:
A história de 92 anos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se confunde com a defesa da democracia em nosso país. Maior instituição civil brasileira, com quase 1,3 milhão de inscritos, a Ordem seguirá cumprindo com as missões que lhe são atribuídas pela Constituição Federal: representar a advocacia e ser guardiã do Estado Democrático de Direito.
Continuaremos a defender os direitos e garantias individuais, o modelo federativo, a divisão e a harmonia entre os Poderes da República, e o voto secreto, periódico e universal. Nossa atuação para que esses ideais se concretizem é comprovada por diversas ações, como o acompanhamento sistemático de todos os processos eleitorais, inclusive o deste ano, desde o início da organização do pleito até a posse de todas e de todos os eleitos.
O papel da OAB nas eleições é, como representante da sociedade civil, acompanhar o processo junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e demais órgãos eleitorais. Pugnamos por eleições limpas, livres, com a prevalência da vontade expressa pelo eleitorado por meio do voto – o que vale para todos os cargos em disputa.
A OAB não é apoiadora ou opositora de governos, partidos e candidatos. Nossa autonomia crítica assegura credibilidade e força para nossas ações de amparo e intransigente defesa ao Estado Democrático de Direito.
Defendemos e protegemos a democracia. Temos orgulho e confiança no modelo do sistema eleitoral de nosso país, conduzido de forma exemplar pela Justiça Eleitoral. O Brasil conta com a OAB para zelar pelo respeito à Constituição, afastando riscos de rupturas democráticas e com a preservação das instituições e dos Poderes da República.
Esse é o compromisso verdadeiro da Ordem dos Advogados do Brasil, de sua diretoria nacional e de seus conselheiros federais, do Colégio de Presidentes de Seccionais e de membros honorários vitalícios.
Viva o Brasil, viva a democracia.