O ministro da Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, afirmou que a invasão da Ucrânia pela Rússia “começou” após o presidente Vladimir Putin reconhecer a independência de duas regiões separatistas do leste da Ucrânia e ordenar o envio de tropas.
A informação foi divulgada pelo site Sky News. “A partir dos relatórios, acho que já podemos dizer que [Putin] enviou tanques e tropas”, disse Sajid Javid. “A partir disso, você pode concluir que a invasão da Ucrânia começou.”.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou que anunciará sanções econômicas contra a Rússia ainda hoje, segundo informações da Reuters. As sanções seriam “destinadas não apenas a entidades em Donbass, Luhansk e Donetsk, mas na própria Rússia —visando os interesses econômicos russos o máximo que pudermos”.
“Esta é, devo enfatizar, apenas a primeira enxurrada de sanções econômicas do Reino Unido contra a Rússia, porque esperamos que haja mais comportamento irracional russo por vir”, afirmou Boris Johnson a repórteres.
Ontem, líderes separatistas de Luhansk e Donetsk enviaram pedido ao presidente russo Vladimir Putin para que ele reconhecesse a independência dos dois territórios e ativasse uma “cooperação em matéria de defesa”.
Em sua decisão, a Rússia prevê a negociação de “acordos de amizade e ajuda mútua”. A decisão agrava a crise entre Rússia e Ucrânia. Também põe fim ao instável processo de paz mediado pela França e a Alemanha, que determinava a devolução dos territórios ao controle de Kiev em troca de ampla autonomia.
Os Estados Unidos ainda não usaram a palavra “invasão” para descrever a ação de Putin de enviar soldados à Ucrânia. Autoridades alertam que a Rússia está criando um “pretexto” para invadir a vizinha.
Nas redes sociais, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que o ato é “previsível e vergonhoso” e condenou a ação de Putin.
Russia’s move to recognize the “independence” of so-called republics controlled by its own proxies is a predictable, shameful act. We condemn them in the strongest possible terms and #StandWithUkraine, as I told Foreign Minister @DmytroKuleba tonight.
— Secretary Antony Blinken (@SecBlinken) February 22, 2022