Organizadores estão fazendo um trabalho de filtragem para evitar sabotagem nas assinaturas
Em quatro dias, a “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito” chegou à 500 mil assinaturas. A marca foi alcançada na noite desta sexta-feira (29). O documento, criado na Faculdade de Direito, da Universidade de São Paulo (USP), foi aberto para a adesão do público em geral na terça-feira (26), às 17h. Entre os signatários, o texto reúne juristas, banqueiros e empresários.
Os organizadores estão fazendo um trabalho de filtragem para evitar sabotagem nas assinaturas.
O documento em defesa dos tribunais superiores e da Justiça Eleitoral se antecipa aos atos de 7 de Setembro, que estão sendo organizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
No manifesto disponível para assinatura do público em geral estão petistas, tucanos, procuradores que trabalharam na Lava Jato, o advogado que ajudava a campanha do ex-juiz Sérgio Moro, ex-ministros de FHC, Lula, Dilma e Temer, empresários, economistas liberais, subprocuradores-gerais da República, membros do Ministério Público Federal, uma ex-assessora de Paulo Guedes e João Dória, a coordenadora de programa de Simone Tebet (MDB) e uma série de outras personalidades.
Presidenciáveis já se manifestaram a respeito do assunto. Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) disseram ter assinado o documento. Bolsonaro foi o único que fez críticas.
Além dessa carta, outro manifesto está sendo preparado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), intitulado “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, e faz parte de um dos atos organizados para ocorrer no dia 11 de agosto, na Faculdade de Direito, da USP.