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Eleição: ACM Neto descarta apoio a Ciro Gomes

Segundo publicação da Folha de S. Paulo, o Democratas, o PP e o PR cogitariam um acordo com o ex-ministro

Presidente nacional do Democratas, o prefeito de Salvador, ACM Neto, descartou, por ora, a hipótese de o seu partido apoiar o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) para presidente da República na eleição deste ano. “O candidato do DEM é Rodrigo Maia. Qualquer outra cogitação, nesse momento, não passa de especulação infundada”, afirmou, em entrevista à Tribuna. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, para evitar uma derrota e o esfacelamento completo do grupo político que hoje se autodenomina de centro, o Democratas, o PP e o PR cogitariam um acordo com o ex-ministro. A possibilidade, de acordo com a publicação, estaria sendo costurada pelo próprio presidente da Câmara dos Deputados e presidenciável do DEM, Rodrigo Maia, com os aliados. Presidente do DEM na Bahia, o deputado federal José Carlos Aleluia também não gostou nada da especulação, e disse desconhecer. “Nunca participei deste tipo de conversa. Tenho dificuldades de apoiar alguém… Tenho que saber quais valores ele defende. Se não apoiar meu valores, eu não posso apoiar. O candidato do meu partido é o Rodrigo Maia”, afirmou.

Já o presidente do PDT na Bahia, o deputado federal Félix Mendonça Júnior, recebeu com surpresa a especulação. “É novidade para mim. Todo apoio é sempre bem-vindo, mas para mim isso é novidade. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos”, ressaltou o pedetista baiano. O grupo ligado a Maia diz estar ciente de que Ciro tentará, primeiro, fechar acordo com PT e outros partidos da centro-esquerda, já que o ex-ministro é um dos principais herdeiros de voto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso o petista fique fora da disputa de outubro. A aposta, porém, é que, se o PT não abrir mão da cabeça de chapa, haverá uma avenida para que parte desse centro migre para a candidatura do pedetista — e ganhe algo com isso.

Parte dos petistas defende que a sigla apoie Ciro Gomes e indique o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), como postulante a vice-presidente da República. A hipótese foi aventada recentemente pelo ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que sofreu várias críticas dos correligionários após a declaração. O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta, afirmou que a fala do ex-chefe do Palácio de Ondina “não expressa posição oficial do partido”. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) preferiu minimizar a posição de Wagner, e ressaltou que o candidato do PT é Lula. “Em tempos normais, acho que ele quis dizer que o PT pode apoiar outro partido e eu acho até que deve [no futuro]. Mas neste momento, nesta conjuntura, esta não é a nossa posição”, ressaltou Dilma, no evento Brazil Forum UK.

 

 

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