Surto afeta companhias aéreas; Setor pode ter pior ano desde 2008. Turistas estão rejeitando as viagens.
O novo coronavírus está forçando companhias aéreas internacionais a fazer planos de contingência de alto custo para conter a propagação do vírus, afetando ainda mais um setor que já vinha sofrendo com a queda do número de passageiros.
Há algumas semanas, as companhias ainda nutriam esperanças de que o surto pudesse ser contido na China. Agora, fala-se da maior crise desde a de 2008.
Na 2ª feira (02.mar.2020), a alemã Lufthansa, por exemplo, divulgou uma série de cortes em sua programação de voos, incluindo a extensão de sua proibição total de voos para a China até 24 de abril, e para o Irã até 30 de abril, além da redução de 40% nas viagens para a Itália. Estima-se que os cortes subsequentes no cronograma de curto e médio prazos reduzirão as ofertas da Lufthansa em até 25%.
Até recentemente, era impensável que a maior companhia aérea alemã reduziria o número de seus voos domésticos na Alemanha. Mas agora 1 total de 23 aviões da frota de 760 aeronaves da Lufthansa estão parados.
As últimas previsões que medem o impacto do coronavírus no tráfego aéreo global são de uma semana atrás, o que significa que ficam desatualizadas a medida que o vírus se espalha rapidamente pelo planeta.
Numa 1ª avaliação divulgada em 20 de fevereiro, a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo) esperava que o coronavírus afetasse principalmente as companhias aéreas com fortes negócios na China.