Para presidente do BC, com crescimento do mundo de dados, vazamentos vão ocorrer com alguma frequência
Com três casos de vazamento de dados de chaves Pix já registrados, apesar de não terem sido expostos dados sensíveis dos usuários, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, admitiu que novos incidentes como esses devem acontecer com alguma frequência. Ainda assim, ele reforçou que o BC vai atacar todo e qualquer vazamento, de forma a diminuir a taxa para o mínimo possível.
Segundo Roberto Campos, “como o mundo de dados está crescendo exponencialmente, os vazamentos vão ocorrer com alguma frequência. Não querendo banalizar os vazamentos porque vamos, sim, atacar todos para que eles sejam o mínimo possível”.
De acordo com o Banco Central, nos três casos já registrados até o momento, o vazamento de dados envolveu apenas dados cadastrais, como nome, CPF, telefone e instituição bancária. “Nenhuma pessoa sofreu algum tipo de dano nesses vazamentos”, acrescentou Campos.
Ainda segundo ele, o sistema de pagamentos instantâneos lançado em novembro de 2020 deve ganhar novas ferramentas em breve, com a parte internacional e indo para um nível mais de 5G/smart content.
Vazamentos
Os três vazamentos de dados de usuários que utilizam o Pix registrados pelo Banco Central ocorreram nos últimos seis meses. Ao todo, informações de 576.785 chaves foram expostas, considerando incidentes no Banco do Estado de Sergipe (Banese), na Acesso Soluções de Pagamento e na Logbank Soluções em Pagamento.
Os dados vazados se restringem a informações de identificação do usuário, como nome completo e CPF, bem como número da conta, número da agência do banco e tipo de chave Pix.