As investigações da CGU não apontaram, contudo, de quem é a responsabilidade pela falsificação
O registro de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro contra a Covid-19 é falso. Não procedem as informações disponibilizadas através do sistema do Ministério da Saúde, constando o registro de 19 de julho de 2021 como data da imunização. Conforme os dados da plataforma, ele teria sido vacinado em uma Unidade Básica de Saúde de São Paulo, fato esse que não procede.
As investigações da CGU não apontaram, contudo, de quem é a responsabilidade pela falsificação. De acordo com a Controladoria, os resultados serão encaminhados às autoridades do estado e do município de São Paulo para adoção de providências.
A análise do caso teve início após pedido, via Lei de Acesso à Informação (LAI), do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 (CNVC) do ex-presidente. A solicitação foi feita em dezembro de 2022 e a investigação concluída em outubro de 2023.
Em 17 de fevereiro do ano passado, o ministro da CGU Vinicius Carvalho, já tinha dito que havia registro de vacinação no cartão de Bolsonaro e que uma investigação estava em andamento para apurar como foi feita a adulteração. A Polícia Federal também investiga o caso.
De acordo com a investigação da CGU, não há possibilidade do registro falso ter sido feito diretamente pelo sistema do Ministério da Saúde, na época chefiado pelo general Eduardo Pazuello. A conclusão da Controladoria é de que a fraude foi cometida durante o registro da informação, diretamente pelo sistema da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.