As instituições de ensino federais estão sem dinheiro para custeio.
O corte de gastos imposto pelo Ministério da Educação (MEC) afetou as universidades federais em todo o país. A falta de verbas faz com que as instituições só tenham dinheiro para custeio até setembro. De acordo com o G1, os órgãos estão precisando demitir funcionários terceirizados, cortar bolsas dos estudantes, interromper obras e ainda tentam encontrar estratégias para fugir das dívidas.
A publicação explica que o “custeio” das universidades representa os gastos como contas de luz, água, manutenção e pagamento de funcionários terceirizados. A lei define que estas não são despesas obrigatórias para o governo e, por isso, estão sujeitas a cortes, caso haja contingenciamento. Além disso, também pode sofrer cortes a verba de despesas de “capital”, ou “expansão e reestruturação”, ou seja, as obras realizadas nos prédios das instituições.
O governo anunciou neste ano um contingenciamento que atingiu R$ 3,6 bilhões de despesas diretas do Ministério da Educação (além de R$ 700 milhões em emendas parlamentares para a área de educação).
O MEC enviou uma nota ao G1, na qual afirma que esse contingenciamento afetou as universidades e institutos federais considerando os gastos de funcionamento das instituições e de obras. Levando em conta o total previsto no orçamento de 2017 para essas duas despesas, o corte foi de 15% do orçamento para o custeio e de 40% da verba para as obras. Segundo explicou a pasta, esse corte não é definitivo.