Na parcela que aprova o presidente, há sempre menos mulheres do que homens;
O número de mulheres que considera o governo de Jair Bolsonaro (PL) ruim ou péssimo é igual ou superior ao de homens em todos os estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal. Segundo a nova pesquisa Ipec, em nenhuma região a quantidade é inferior.
Em uma semana, o percentual de mulheres que rejeitam Bolsonaro oscilou quatro pontos para cima; atualmente, 54% delas não votam de jeito nenhum no candidato, o que comprova sua dificuldade de conquistar o eleitorado feminino, especialmente após uma série de atitudes controversas, como o ataque à jornalista Vera Magalhães.
Mesmo entre a parcela que apoia a reeleição do atual presidente, o número de mulheres é inferior ao de homens em todas as regiões do país. Apenas em sete estados a taxa de aprovação feminina ao governo é maior do que a taxa de reprovação, de acordo com um levantamento do Pulso. Isso acontece em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre e Roraima — sendo este último o único estado em que mais da metade das moradoras (54%) avalia Bolsonaro de forma positiva.
O estado em que há maior discrepância é o Rio Grande do Sul. Enquanto 48% das gaúchas reprovam a atual gestão, somente 35% dos homens têm a mesma opinião. Já entre os que aprovam o governo, há 40% de gaúchos, ao passo que a taxa cai para 26% das eleitoras.
A resistência feminina a Bolsonaro vira vantagem para seu principal adversário, Lula (PT). O petista tem 45% dos votos das mulheres no primeiro turno, segundo o Ipec, o que representa 19 pontos acima do percentual das que votam em Bolsonaro (26%). Entre os homens, sete pontos separam os que preferem Lula (43%) dos que escolhem Bolsonaro (36%).
Com informações do O Globo