País brasileiro pode ser um dos mais prejudicados
O Brasil deve ser um dos países mais prejudicados pela desaceleração da economia da China no terceiro trimestre deste ano, visto que integra o grupo de países dependentes de commodities (os produtos básicos).
Afetada por uma crise de energia, interrupções nas cadeias de abastecimento, surtos da variante delta do coronavírus e o agravamento das dívidas do setor imobiliário, a economia chinesa cresceu em ritmo mais lento no terceiro trimestre.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, dados divulgados na segunda-feira (18) mostram que o PIB (Produto Interno Bruto) da China cresceu 4,9% de julho a setembro, o ritmo mais fraco desde o terceiro trimestre de 2020 e desacelerando 7,9% em relação ao segundo trimestre.
O resultado demonstrou uma desaceleração em relação à expansão de 18,3% no primeiro trimestre, quando a taxa de crescimento anual foi amplamente favorecida pela base fraca de comparação com a queda induzida pela pandemia no início de 2020. [
A cada 1 ponto percentual de queda no PIB da China, o PIB brasileiro tem uma retração de 0,3 p.p., segundo economistas do Itaú Unibanco ouvidos pela Folha de S.Paulo.
A projeção atual do banco é que a economia chinesa cresça 5,1% no ano que vem (ante estimativa anterior de 5,8%). Para o Brasil, a expectativa é de crescimento de 0,5% em 2022. “Portanto, se a desaceleração persistir e a China crescer 4% em 2022, o Brasil, vai crescer apenas 0,2%”, resume Luka Barbosa, economista do Itaú Unibanco.