O governador da Bahia, Rui Costa (PT), confirmou que o senador e ex-governador Jaques Wagner (PT) será provavelmente o candidato da sigla para o governo do estado em 2022. “Eu diria que ele disponibilizou o nome dele, a tendência é que seja ele o candidato”, afirmou Rui, em entrevista ao site Bahia Notícias. O próprio Wagner admitiu a possibilidade e disse estar “super animado” para competir pelo Palácio de Ondina daqui a dois anos.
O senador petista tem antagonizado com o prefeito ACM Neto outro possível nome às eleições de 2022. Neto é considerado o candidato natural da oposição a governador, e começa a desenhar uma polarização entre ele e o senador petista. Fortalecido com os resultados do pleito municipal, com a eleição do atual vice-prefeito à prefeitura de Salvador, Bruno Reis (DEM), e com a confirmação da tendência de crescimento dos democratas no país e no estado, Neto tem se precavido em tratar de pretensões claras ao governo do estado.
Nesta semana, Wagner afirmou que “apressado come cru” após o Neto comemorar as vitórias nas eleições deste ano, ao que o prefeito respondeu:
“Jaques Wagner é senador da República e a melhor frase que ele conseguiu produzir depois das eleições foi “o apressado come cru”. Um cara que é senador e ex-governador de um partido que governa a Bahia há 14 anos”, rebateu o prefeito.
“Eu sei perder. Então, quando a gente perde, a gente deve ter a humildade de reconhecer quem ganhou, eles não têm essa capacidade, acho que esqueceram o que é isso.”, criticou Neto. “Nós ganhamos. Ora, deve-se imaginar que tenho o direito de comemorar. Se eu tivesse perdido, eu reconheceria a derrota, e desejaria sucesso aos vencedores. Quem perde deve ter a decência de reconhecer a derrota e desejar sucesso ao vencedor.. Eu não ouvi uma só palavra nesse sentido de ninguém do PT na Bahia. Então, a gente tem que ser bom ganhador e bom perdedor.”, disse.
Rui Costa, por outro lado, deixou claro que seu nome está disponível para uma eventual candidatura à presidência da República em 2022. “Quero participar desse processo, o (Jaques) Wagner também. Nós temos um papel fundamental. Os governadores estão conversando para intensificar nosso diálogo, independente de estarmos juntos ou separados no primeiro turno. Quem não participa do atual governo deve conversar sobre saídas para 2022. Podemos ou não estar juntos no primeiro turno, mas precisamos estar no segundo. Para isso, é preciso construir um parâmetro único, junto à sociedade brasileira, com diálogo intenso ao longo de 2021”, declarou, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo