A prefeitura de Belo Horizonte gastou mais de R$ 63 mil em uma viagem do procurador-geral da capital mineira, Tomáz Aquino, a Brasília. A informação consta no Diário Oficial de Belo Horizonte da última quinta-feira (7).
Sobre a viagem, o procurador informou que se reuniu com o ministro Luis Roberto Barroso, do STF, substituindo o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que teria passado mal horas antes do embarque.
“Não tenho o que falar do valor, nem eu nem a procuradoria somos responsáveis por isso. Quem manuseia esse tipo de despesa é o gabinete do prefeito”, disse o procurador ao jornal O Tempo.
Em nota divulgada pela prefeitura de Belo Horizonte, a viagem do procurador Tomáz Aquino à Brasilia aconteceu para uma reunião com ministros do STF, marcada de última hora, motivo alegado para os altos custos, pois seria necessário fretar uma aeronave.
A prefeitura alega que Tomáz Aquino foi à capital federal tratar de verbas não repassadas pelo governo estadual para a prefeitura de Belo Horizonte, e que, três dias depois da viagem,a cidade recebeu R$ 180 milhões desses recursos, que estavam atrasados.
O alto custo da viagem foi alvo dos vereadores Gabriel Azevedo (PHS) e Mateus Simões (NOVO). Simões defende que o procurador se explique sobre o caso.
“Fico impressionado em ver que a justificativa do procurador seja de que ele não tem nada a explicar. Como se um servidor público pudesse se sentir confortável de entrar num avião fretado para carregá-lo sozinho a Brasília, onde tem outros 11 voos comerciais diretos que poderiam atendê-lo tranquilamente”, disse o deputado ao jornal mineiro.