Uma em cada três universidades federais já investigou a matrícula de estudantes por suspeita de fraude no sistema de cotas raciais.
Uma em cada três universidades federais brasileiras já investigou a matrícula de estudantes por suspeita de fraude no sistema de cotas raciais. A maior parte das denúncias vem de movimentos negros, conforme aponta o levantamento feito pelo Estado nos processos administrativos instaurados pelas instituições.
Nos documentos analisados foram identificados estudantes que se autodeclararam quilombolas mesmo sem nunca ter vivido em uma comunidade, além de alunos acusados por movimentos negros de serem brancos.
O caso mais comum é o de pardos, que muitas vezes são identificados e denunciados como “socialmente vistos como branco”. Para movimentos sociais, estes não deveriam utilizar o sistema de cotas.
Das 63 federais do País, 53 responderam aos questionamentos. No total, há 595 estudantes investigados em 21 instituições de ensino. A maioria já teve a matrícula indeferida, mas parte conseguiu retornar aos estudos por liminares, contrariando as decisões administrativas.
A fim de diminuir possíveis golpes, o governo federal pretende formatar uma comissão para orientar análise visual dos alunos.