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Preço do material escolar sobe quase o dobro da inflação

Procon alertou sobre diferença de mais de 450% no mesmo produto.  Na capital paulista, material teve um aumento médio de quase 13%.

Os pais que se preparem neste ano. O aumento no preço do material escolar foi quase o dobro da inflação. O Procon de São Paulo fez um alerta também sobre a variação absurda de preços: diferença de mais de 450% no mesmo produto, da mesma marca. Em tempos de crise, é ainda mais importante pesquisar o preço em vários lugares.

Já começou. Na verdade, já tinha gente comprando material até antes do Natal, mas para que essa pressa?

“Nessa época, o preço está mais em conta e quando vai próximo de começar as aulas, o preço aumenta. Aí a gente tem que correr para aproveitar o preço”, disse a professora Rose de Jesus.

Uma pesquisa do Procon paulista abrangendo 169 itens mostra que na capital, em um ano, o material teve um aumento médio de quase 13%, praticamente o dobro da inflação acumulada entre dezembro de 2015 e novembro de 2016. Parte da explicação podem ser os preços em dólar.

Cristina Martinussi (supervisora de Pesquisa do Procon-SP): Alguns produtos têm interferência direta na sua produção e até no valor final do seu produto.
Bom Dia Brasil: Produtos importados, matérias primas importadas?
Cristina Martinussi: Produtos importados, matérias primas importadas.

A capacidade de negociar com os fornecedores também faz diferença. “Nós temos uma rede de 16 lojas, então isso facilitou as nossas compras e tudo que nós conseguimos de bom estamos repassando para o consumidor final”, disse o gerente Ondamar Ferreira.

Um produto dos mais comuns: o clássico lápis preto número dois. Bem simples. Complicado é descobrir o preço certo para dele. Dentro da pesquisa, o lápis de uma determinada marca foi o campeão de variação entre lojas. O Bom Dia Brasil fez a conta.

O preço mais baixo encontrado: R$ 0,35. O mais alto, R$ 1,95. Diferença de 457%. Ou seja, valem os conselhos de sempre: pesquisar e fazer cálculos.

Pai que também é professor de matemática leva vantagem. “Ela está colocando, eu fico aqui somando, somando, subtraio. ‘Olha, achei uma borracha por R$ 2,40, R$ 0,50 a menos, me ajuda’”, disse o professor Aurélio Antonini.

E trazer aluna para escolher caderno? É bom negócio?

“Não, não é, porque ela escolhe os mais caros”, disse uma consumidora.

Haja paciência para tanta indecisão. Sabe como é, caderno é para o ano inteiro.

Mãe: É a terceira loja para escolher caderno.
Bom Dia Brasil: Não era só uma questão de preço?
Mãe: Não, não, é gosto, porque os preços aqui são os melhores. É mais para gosto mesmo.

O Procon disse ainda que o consumidor deve tentar sempre calcular o custo do deslocamento de uma loja para outra para saber se realmente vale a pena o preço mais barato.

SIEL GUINCHOS

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