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Trânsito: 2 mil infrações desde a instalação das câmeras de monitoramento

Ao todo, são trezentas câmeras em operação atualmente em toda a capital baiana

A instalação de câmeras de monitoramento resultou em maior eficiência nas ações de trânsito, como também contribuiu para a fiscalização. Essa é a avaliação da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), passados dois anos desde que os equipamentos começaram a funcionar na cidade.

De 1 de novembro de 2015 até 15 de dezembro de 2017, foram flagradas o total de 22.317 infrações através das câmeras de vídeomonitoramento. Destas, a mais pertinente é estacionar em horário/local proibido especificamente pela sinalização. Tal infração foi registrada 7.997 vezes nos últimos dois anos.

Aliás, as infrações relacionadas ao estacionamento também representam a grande maioria das infrações registradas pelas câmeras, respondendo por mais da metade das notificações emitidas pelo órgão de trânsito. Entre elas também está estacionar em local/horário de estacionamento proibido pela sinalização (4.071 notificações) e estacionar ao lado de veículo em fila dupla (2.086), que foram as mais freqüentes.

Ao todo, são trezentas câmeras em operação atualmente em toda a cidade. Segundo o órgão, elas estão espalhadas por praticamente toda a cidade, e, a elas, somam-se ainda câmeras da Secretaria de Segurança Pública (SSP), utilizadas pelo órgão municipal através de um acordo de cooperação.

De acordo com o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Mueller, o equipamento hoje é importante não só do ponto de vista da fiscalização, mas, principalmente do controle do trânsito, que era o principal objetivo de sua instalação.

“A partir do momento em que você pode ter uma visualização do que está acontecendo, é possível dar uma resposta rápida à ocorrência, e, com isso, diminuir o transtorno que ela pode causar”, explica o superintendente.

Em casos de veículos que quebram na via e que são visualizados pelos equipamentos, por exemplo, é possível acionar equipes nas proximidades, reduzindo o tempo de resposta, e conseguindo minimizar os danos. “É um equipamento do qual não podemos abrir mão hoje”, destacou Mueller.

O superintendente explica que, antes da implantação das câmeras, o tempo de resposta era muito mais lento. “Você só tinha a informação através de uma viatura que passasse no local ou de alguém ligando para 118, e, muitas vezes a informação chegava com poucos detalhes, de forma imprecisa”, destacou.

Operações complexas, como os feriadões e as festas no fim de ano, também podem ser acompanhadas em tempo real pela equipe da superintendência no Núcleo de Operações Assistidas (NOA), e, assim, é possível avaliar se ela está surtindo efeito, se precisa de alguma alteração.

A ampliação, embora não tenha previsão de quando ocorra, é eminente. “Somando-se as câmeras da Transalvador e da SSP, temos uma boa visualização das principais vias, mas ainda tem alguns pontos que precisamos reforçar. Isso está em nosso planejamento futuro sim”, explica o superintendente.

Drones

Além das câmeras, outras ferramentas tecnológicas têm sido usadas como forma de fiscalizar o trânsito em suas respectivas áreas de atuação. Um exemplo que começou a ser aplicado recentemente foi o uso de drones para flagrar condutores flagrados fazendo uso do celular enquanto estão ao volante – o que é considerado infração gravíssima, prevendo multa de R$ 293,47 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Os dois equipamentos foram doados pela Receita Federal ao Departamento de Trânsito do Distrito Federal, e começou a fazer parte da rotina do trânsito de Brasília. Sobre a possível aquisição da tecnologia para Salvador, o superintendente explica que não existe implicação com a ferramenta, porém, ainda não foi encontrado o equipamento certo para esse uso.

“Tudo que existe de inovação e ajude no controle e fiscalização do trânsito, a gente tem interesse. Só não vi efetivamente equipamentos que façam esse tipo de ação com autonomia de vôo e distância. Já fomos apresentados a alguns equipamentos, mas nunca é o que dizem ser, de fato”, explica Mueller.

“Sou aberto e incentivador da tecnologia e tenho certeza que isso é um futuro próximo, mas não vi ainda equipamentos com efetiva capacidade de fazer. Porém, se tiver, claro que temos interesse de verificar em conhecer, e utilizar”, concluiu.

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