MAIS DESENVOLVIMENTO

Vitória se impõe em casa sobre a Ponte Preta e volta a vencer

Quanta diferença! E ela se mostrou principalmente no estado de ânimo dos jogadores. A apatia que se via na ‘Era Alexandre Gallo/Petkovic’ foi substituída pela força de vontade, ousadia e agressividade sob a batuta de Vagner Mancini.

O Leão tomou definitivamente a Macaca como presa e a fez de vítima nesta quarta-feira, 2, na Toca, que voltou a ser comandada pelo seu rei. O triunfo por 3 a 1 sobre a Ponte Preta findou um incômodo jejum de quase dois meses (e seis jogos) sem triunfos do Vitória no Barradão. No geral, o time ainda vinha de uma série de cinco partidas sem vencer.

Trata-se de um esboço na tentativa de mudar uma história que continua tendo enredo terrorífico para os rubro-negros. A equipe ainda tem a pior campanha como mandante no Brasileirão e segue dentro da zona de rebaixamento. Com 16 pontos, se mantém na vice-lanterna do campeonato.

Na próxima rodada, encara uma tarefa árdua. Bater o Flamengo no domingo, às 11h, no Rio de Janeiro, para ter alguma chance de deixar o grupo dos quatro últimos.

Apetite

O apetite leonino era tão grande que a rede defendida por Aranha (overdose animal!) foi balançada logo no segundo minuto de jogo. Neilton, que voltou a ser a titular e se destacou bastante, cobrou escanteio para a cabeçada do colombiano Santiago Tréllez. Ele contou com o desvio em um zagueiro, na trave e no goleiro para festejar seu primeiro gol pelo Vitória.

O time sufocava. Não dava espaço para a Ponte sair jogando e atacava com incisividade. Assim, ampliou a vantagem aos 12 minutos, quando Juninho cruzou, o zagueiro Rodrigo se espatifou no gramado e Neilton não desperdiçou a chance.

Mesmo com o conforto à frente no marcador, o Rubro-Negro não relaxou. Manteve a pressão e chegou ao terceiro tento com um roubo de bola no campo de ataque. Aos 35 minutos, David aproveitou o cochilo de Elton e tocou para Tréllez, mesmo desequilibrado, encher o pé.

Estava de ótimo tamanho para o primeiro tempo. E, na ida para o intervalo, pôde-se ouvir um som que há muito não dava o ar da graça em jogos na Toca: o dos aplausos.

Que foram levemente abafados pela ameaça de reação da Macaca com três minutos de bola rolando no tempo complementar. Elton surpreendeu o mal colocado Caíque – titular nesta quarta por conta do rodízio promovido por Mancini – e mandou um balaço de muito longe para diminuir.

Mas não passou de um susto. Desgastado depois de uma primeira etapa de grande imposição física, o Vitória passou a atuar de forma inteligente, com mais posse de bola e menos correria. Desta forma, conseguiu administrar tranquilamente o resultado e clarear um pouco mais a luz no fim do túnel rubro-negro.

Suspenso, correia valoriza “atitude”

Fora do duelo de domingo com o Flamengo por ter levado o terceiro cartão amarelo ontem, o volante rubro-negro Uillian Correia foi eloquente no discurso após o triunfo sobre a Ponte Preta. “A atitude foi diferente. Mostramos que queremos sair dessa situação e que vamos fazer do Barradão nosso diferencial. Ainda estamos longe do que podemos chegar, mas é daí para mais.O torcedor nos empurrou, fizemos uma bela partida e conquistamos um belo resultado”, comemorou.

Vitória 3 x 1 Ponte Preta – 18ª rodada do Campeonato Brasileiro

Local: Barradão, em Salvador (BA)

Quando: Quarta-feira, 2, às 21h

Gols: Tréllez, aos 2 e aos 35, e Neilton, aos 12 minutos do 1º tempo; Elton, aos 3 minutos do 2º tempo

Público: 5.247 pagantes

Renda: R$ 50.332,50

Árbitro: André Luiz de Freitas Castro

Assistentes: Leone Carvalho Rocha e Márcio Soares Maciel (trio de Goiás)

Cartões amarelos: Uillian Correia, Yago e David (Vitória); Naldo (Ponte Preta)

Vitória – Caíque, Caíque Sá, Kanu, Wallace e Juninho; Ramon, Uillian Correia, Yago e Neilton (André Lima); David e Santiago Trelléz (Danilinho). Técnico: Vagner Mancini.

Ponte Preta – Aranha, Jeferson (Nino), Marllon, Rodrigo e Danilo; Naldo, Elton, Jádson (Renato Cajá) e Maranhão (Saraiva); Lucca e Emerson Sheik. Técnico: Gilson Kleina.

 

Por Daniel Dórea | A Tarde

 

Veja também