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Transporte escolar está na mira do MPF

Entre as condições irregulares, estão prorrogação irregular do prazo dos contratos, firmados com empresas constituídas em nome de “laranjas”

Municípios do sul da Bahia terão que regularizar o serviço de transporte escolar

Até janeiro de 2019, 45 municípios do sul da Bahia terão que regularizar o serviço de transporte escolar para atender uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus/Itabuna (BA). Quatro municípios – Ibirapitanga, Igrapiúna, Ubaitaba e Ubatã – terão que cumprir as recomendações e anular imediatamente contratos e pagamentos deste serviço por conta de investigações da Operação Sombra e Escuridão. A suspeita é de estes municípios tenham fechado contratos com empresas “laranjas” por meio de fraude nas licitações, para obter vantagens indevidas a partir do desvio de verbas públicas.

Além destas prefeituras, as demais, também terão que comprovar a idoneidade dos contratos firmados e seguir as recomendações do MPF, sob o risco de sofrerem ações judiciais cabíveis. Assim que notificadas, as prefeituras têm dez dias para se manifestar.

Contratações irregulares – O documento assinado pelo procurador da República Tiago Modesto Rabelo aponta irregularidades na contratação e execução deste tipo de serviço, além da má aplicação das verbas provenientes do Programa Nacional de Transporte Escolar (Pnate) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). De acordo com o MPF, entre as irregularidades está a contratação de empresas de fachada sem capacidade operacional para prestar o transporte escolar, bem como aumento nos valores dos contratos e prorrogação irregular da vigência dos prazos, ainda sobrepreço e superfaturamento.

A recomendação do MPF é no sentido de que as prefeituras costurem um planejamento mais adequado.

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