Novidade é o MSC Seaview, navio com altura de um prédio de 24 andares. Associação nacional estima que R$ 2 bi sejam injetados na economia.
Se a temporada de cruzeiros no litoral brasileiro foi histórica entre o final de 2017 e o início de 2018 — dados da CLIA Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) apontam que, pela primeira vez em seis anos, cresceu o número de turistas viajando em transatlânticos pelo país —, as expectativas continuam positivas para o período que se iniciou no último 19 de novembro e vai até abril de 2019.
“Em 2017, nossa oferta de ocupação cresceu 43% em relação ao ano anterior. Para esta temporada, a mesma oferta subiu 13%”, comenta Eduardo Simões, diretor de marketing da MSC Cruzeiros, uma das líderes do mercado na América do Sul. Em dois anos, a empresa conseguiu aumentar em 61% sua capacidade de ocupação nos cruzeiros pelo Brasil.
Temporada com sete navios
A própria CLIA prevê uma oferta de 500 mil leitos para a nova temporada, graças às sete embarcações que navegarão por aqui: MSC Seaview, MSC Poesia, MSC Fantasia, MSC Orchestra, Costa Favolosa, Costa Fascinosa e Pullman Sovereign. O número é 15% superior em relação ao período que foi do final de 2017 até abril de 2018.
“No nosso caso, a grande novidade é o MSC Seaview, um navio para climas quentes que chega pela primeira vez ao Brasil, vindo da Europa”, comenta Simões.
O gigante – que fez sua primeira navega em águas brasileiras no domingo (2) – tem 323 metros de comprimento e 72 metros de altura. É tão alto quanto um prédio de 24 andares e conta com o comprimento de três Maracanãs enfileirados. Não à toa, acomoda mais de 5.000 hóspedes em seu interior. A tendência que os brazucas aproveitem: dados da pesquisa Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, divulgada pelo Ministério do Turismo no início do segundo semestre, mostram que, de todos os brasileiros que pretendiam viajar até o fim do ano, 79% escolheriam o Brasil como destino.
Impacto na economia
Entre brasileiros e estrangeiros, a MSC pretende transportar 240.000 passageiros, passando por destinos como Rio de Janeiro, Santos, Búzios e Salvador. “Não dá para esquecer que são 240.000 passageiros viajando no Brasil. Só nesta viagem inaugural do MSC Seaview, por exemplo, são 1000 europeus. E há pesquisas indicando que, em cada escala, cada passageiro gasta em média 100 dólares (aproximadamente 384 reais). Isso injeta recursos e movimenta a economia local”, diz o diretor de marketing.
Para a CLIA, a estimativa é que esse período de cruzeiros tenha impacto acima de R$ 2 bilhões na economia brasileira, considerando um aumento de 15% no total de viajantes embarcados em relação à temporada anterior – que injetou R$ 1,79 bilhão no mercado nacional.
*A jornalista viajou a convite da MSC Cruzeiros