Após o governador Rui Costa anunciar a redução do limite de público de 5 mil para 3 mil e o endurecimento das regras para a realização de eventos na Bahia, o setor criticou a medida, a qual classificou de “precipitada”.
Nas redes sociais, a Associação Baiana das Produtoras de Eventos (Abape) disse não ser contrária às medidas para conter as contaminações por Covid-19, mas sim contra a “falta de diálogo do governo com o setor”.
A Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), por sua vez, divulgou uma carta aberta na qual defende “a continuidade da retomada com suporte da ciência, racionalidade, coerência e justiça”. Citando o cenário em outros países que enfrentam a variante Ômicron, a associação diz que é justo e viável que sejam mantidos os eventos em locais onde seja possível controlar os protocolos sanitários.
“Já houve diversos eventos controlados de grande porte realizados no país como o Carnatal, a F1 e o Rodeio de Jaguariúna, que reuniram grande público sem causar impacto nos indicadores. No último trimestre, o retorno dos eventos mostrou que é possível realizar atividades de cultura e entretenimento sem impactar nos índices epidemiológicos. No entanto, mais uma vez o nosso setor é usado como bode expiatório”, diz a Abrape, que distingue eventos públicos completamente abertos, eventos controlados em espaços públicos e eventos controlados em espaços controlados. “Decidir indiscriminadamente pelo cancelamento agora é simplista e prematuro!”, avaliou.
“O aumento pontual nos casos, que não vem implicando em agravamento de óbitos, não pode influenciar decisões prematuras no momento. A referência com os países que já vivenciaram a onda dessa cepa é clara nessa direção. Dessa forma, a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape) considera precipitado, preconceituoso e prematuro o cancelamento de eventos controlados que obedecem os cuidados necessários exigidos”, argumentou a associação.