O candidato do PDT à presidência no primeiro turno disse não querer tomar lado: “Se eu não posso ajudar, atrapalhar é o que eu não quero”
Em transmissão em seu perfil no Facebook, Ciro Gomes, candidato à presidência pelo PDT no primeiro turno, afirmou não querer tomar lado na campanha, apesar das pressões para que fizesse um gesto mais enfático de apoio a Fernando Haddad, do PT.
“Claro que todo mundo preferia com meu estilo que eu tomasse um lado e participasse da campanha. Mas não quero fazer isso por uma razão muito prática que não quero dizer agora, porque, se eu não posso ajudar, atrapalhar é o que eu não quero”, afirmou.
Haddad declarou recentemente que um apoio de Ciro seria crucial para uma virada contra Jair Bolsonaro, do PSL. O pedetista preferiu adotar o mesmo tom após ser derrotado no primeiro turno, quando declarou que era “ele não, sem dúvida”, mas não apoiou diretamente Haddad. Seu partido anunciou um “apoio crítico” ao petista.
Ciro estava em Paris até esta sexta-feira 25, quando desembarcou em Fortaleza. O presidente do PDT, Carlos Lupi, chegou a afirmar à imprensa que ele gravaria um vídeo com declaração de voto em Haddad.
No vídeo, Ciro pede para Deus abençoar “essa grande nação para que todo mundo possa caminhar para votar pela democracia, contra a intolerância, pelo pluralismo”. “Mas também ninguém está obrigado a votar contra convicções e ideologias”, completou.
Ele defendeu ainda a construção de um grande movimento a partir de segunda-feira que defenda a democracia brasileira, a sociedade mais pobre e os interesses nacionais.