O PT nacional inscreveu entre suas metas para este ano a eleição do ex-governador da Bahia Jaques Wagner ao Senado. Walter Pinheiro, licenciado do mandato de senador desde que se tornou secretário de Educação no Estado, estaria nos planos do partido, caso não tivesse, não sem polêmica, se desligado dele em 2016. O desejo da direção petista afasta Wagner do centro das especulações sobre uma eventual candidatura sua à Presidência da República, substituindo o ex-presidente Lula.
Em consequência, cria constrangimentos para a eventual remoção do ex-governador da chapa do governador Rui Costa à própria sucessão, inviabilizando a aproximação de partidos que hoje estão praticamente fora dela, a exemplo do PR. Um petista com acesso à cúpula do governo estadual e ao centro das decisões nacionais do PT confirma ao Política Livre que a exclusão de Wagner de um eventual plano B do partido à Presidência é uma prova de que a agremiação não conta com o ex-presidente Lula fora da disputa, mesmo que sua condenação seja confirmada.
A fonte declara que no caso de Lula perder a ação que interpôs junto ao Tribunal Regional Federal da 4a. Região, no julgamento do dia 24, o PT não considera que ele está automaticamente excluído do jogo, porque o ex-presidente terá como apelar a outros recursos judiciais. Ele diz acreditar que o nome de Wagner ascendeu ao centro das discussões no PT para substituir Lula por causa da força política que ele exibe no partido no plano nacional, depois de ter ganho, na Bahia, três eleições no primeiro turno, a última das quais com o atual governador Rui Costa.