O texto exige percentual mínimo maior de cacau no chocolate amargo ou meio amargo, correspondente a 35% de sólidos totais de cacau, em comparação à exigência de 25% do atual.
A Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado tem reunião marcada para a próxima terça-feira (3), às 11h30, com 14 itens na pauta.
Um deles é o substitutivo ao projeto que estabelece percentuais mínimos de cacau em chocolates e derivados (PL 1.769/2019).
O senador Zequinha Marinho (PSC-PA), autor do projeto, lembra que a matéria foi resgatada de uma iniciativa da ex-senadora Lídice da Mata (PSB-BA).
O texto estava arquivado em razão do término da legislatura anterior.
Zequinha destaca que o Brasil é o sexto maior produtor de cacau do mundo, sendo os estados do Pará e da Bahia responsáveis por cerca de 90% da produção nacional.
O projeto estabelece parâmetros a serem observados na produção de chocolate e seus derivados.
O texto exige, por exemplo, um percentual mínimo maior de cacau no chocolate amargo ou meio amargo, correspondente a 35% de sólidos totais de cacau, em comparação à exigência de 25% do atual regulamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O texto também trata de conceitos, possibilidade de sanções, e regras para os rótulos que identificam o percentual de chocolate nas embalagens dos produtos.
Substitutivo
O relator, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), afirma que o projeto é meritório. No entanto, ele apresentou um substitutivo com “ajustes e aperfeiçoamentos”, para o texto “se tornar um marco regulatório na produção e comercialização de chocolate”.
Além de ajustes em termos técnicos e na ementa, o relator incluiu o percentual mínimo de 10% de manteiga de cacau na caracterização do cacau em pó.
O substitutivo também trocou o termo “adoçante” por “edulcorante” e a expressão “meio aquoso” por “líquidos”.
O prazo para que a futura lei entre em vigor também foi alterado de 365 para 1.080 dias.
Segundo Roberto Rocha, mais tempo é importante para as adaptações que serão necessárias na produção industrial que utiliza o cacau como insumo.
O projeto tramita em caráter terminativo. Se aprovado na comissão e não houver recurso para o Plenário, o texto seguirá direto para a análise da Câmara dos Deputados.
As informações são da Agência Senado.