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Produtores de cacau anunciam evento de protesto contra importações e indústrias reafirmam o cumprimento das normas

Os produtores de cacau, através da ANPC – Associação Nacional dos Produtores de Cacau, mobilizam um evento a ser realizado dia 27 de fevereiro do 2023, às 9:00h, em frente ao porto do malhado em Ilhéus-ba.

O objetivo central do protesto, reside na reinvindicação para alteraração da normativa IN125/21 do MAPA, a qual, admite como desnecessária a prática da fumigação das amêndoas, utilizando o Brometo de Metila, nas importações das origens africanas. Outro ponto conflitante, se refere aos números da produção nacional, onde a entidade toma por base os índices publicados pelo IBGE, os quais, sugestionam com desnecessárias as importações complementares para as indústrias moageiras.

Indústrias garantem legalidade

As indústrias processadoras de cacau, através da sua associação, AIPC, repudia as reinvindicações da ANPC e garante que cumpre todos os procedimentos exigidos pelo MAPA. Reforçam que precisam das amêndoas para compor a necessidade de suprir a capacidade ociosa das fabricas, diante da insuficiência interna de produção, para atender a demanda local.

Analistas sugerem ações de entendimento

Diversos analistas de mercado, situados no Brasil e no exterior, comentam os impasses com preocupações. A grande maioria deles entendem e apóiam a necessidade de eficácia nos procedimentos fitossanitários, porém, sugestionam que os produtores elegeram o viés de impedimento das importações, como válvula de pressão, para reivindicação de melhores preços nas amêndoas locais. Observam ainda, que a narrativa de autossuficiencia interna de produção, reportada pela ANPC, baseada nos números do IBGE, são questionados por unanimidade pelos analistas e poderão interferir para um sério comprometimento de suprimentos nas moageiras, incidindo naturalmente em resultados operacionais negativos, conseqüentemente, até ameaçando a possível desativação de algumas delas.

Por fim, compreendem as reais necessidades das indústrias em importar, para seguirem produzindo derivados de cacau, porém, observam como ações indispensáveis, implementar a intervenção de um órgão oficializado pelas duas partes, especializado em contagem de safras, capaz de estabelecer consensualmente, quais os volumes necessários a serem importados, como também, analisar mutuamente, adoção de novas políticas internas avançadas, capazes de promoverem uma melhor remuneração ao produtor.

Fonte: mercadodocacau

SIEL GUINCHOS

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