Governo é acusado de segurar o aumento dos combustíveis para não prejudicar Jair Bolsonaro na eleição
A Petrobras decidiu nesta quinta-feira, 3, adiantar o pagamento de R$ 43,7 bilhões em dividendos a seus acionistas. A decisão foi criticada por membros do futuro governo Lula.
Em 2022, os pagamentos dos dividendos já atinge R$ 180 bilhões, bem acima dos R$ 101 bilhões distribuídos em todo o ano de 2021.
Os R$ 43,7 bilhões devem ser distribuídos entre dezembro e janeiro, como uma antecipação do resultado do terceiro trimestre da companhia.
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, criticou a decisão da empresa e acusa o governo federal de utilizar esses dividendos para pagar parte da gastança eleitoral do governo neste ano eleitoral.
“Isso é uma irresponsabilidade com a empresa e com o país. É a farra do Paulo Guedes, para cobrir os gastos eleitorais do governo Bolsonaro”, afirmou a presidente do PT, que integra a equipe de transição.
Dos R$ 43,7 bilhões, cerca de R$ 22 bilhões devem ir para o Tesouro Nacional. Alguns membros do Conselho de Administração foram contra essa antecipação – atribuíram a decisão a uma busca de cobrir os gastos do governo para tentar reeleger o presidente Jair Bolsonaro.
Integrantes da estatal acusam ainda a estatal, comandada por Caio Paes de Andrade, de segurar o aumento dos combustíveis durante o período eleitoral para não prejudicar o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo eles, a Petrobras já teria de aumentar o preço da gasolina e do diesel desde o início do segundo turno, mas decidiu segurar o reajuste por uma questão política.