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Pelo 5º mês seguido, preço dos alimentos sobem com café e cenoura mais caros

Imagem: Andrzej Rostek/shutterstock.com

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, registrou uma nova alta no grupo de Alimentos e Bebidas em janeiro de 2025. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (11), o aumento foi de 0,96%.

Este resultado marca o quinto mês consecutivo de alta nos preços do setor, refletindo uma pressão contínua sobre o bolso do consumidor.

Tendência de Alta nos Preços dos Alimentos

alimentos

Os preços dos alimentos têm mostrado uma tendência crescente nos últimos meses, embora com uma desaceleração em relação ao pico observado em meses anteriores. O último mês em que os preços caíram foi agosto de 2024, quando o grupo registrou uma queda de 0,44%. Desde então, os aumentos têm sido mais moderados, mas persistentes.

Variação nos Seis Últimos Meses

Veja a variação dos preços dos alimentos nos últimos seis meses, conforme o IPCA:

  • Agosto 2024: -0,44% (queda)
  • Setembro 2024: 0,50% (alta)
  • Outubro 2024: 1,06% (alta)
  • Novembro 2024: 1,55% (alta)
  • Dezembro 2024: 1,18% (alta)
  • Janeiro 2025: 0,96% (alta)

Embora a aceleração da inflação no grupo de alimentos tenha diminuído em novembro e dezembro, o aumento de 0,96% registrado em janeiro ainda representa um peso significativo para os consumidores, especialmente com o aumento dos preços de itens essenciais.

Itens em Alta no IPCA de Janeiro

O destaque do IPCA de janeiro ficou por conta de aumentos expressivos nos preços de alguns produtos alimentícios. A cenoura, por exemplo, teve um aumento de 36,14% em comparação ao mês anterior, seguida pelo tomate, que registrou alta de 20,27%. Além disso, o café moído, um dos grandes vilões do ano passado, continuou a pressionar o bolso dos brasileiros, com uma elevação de 8,56%.

Aumento nos Preços de Tubérculos, Raízes e Legumes

Entre os grupos que mais impactaram o orçamento familiar, o item tubérculos, raízes e legumes foi o que teve a maior alta, com um aumento de 8,19%. Esse aumento se reflete principalmente nas altas de itens como batata, cenoura e mandioca, que são alimentos básicos na mesa do brasileiro. O preço elevado desses produtos está diretamente relacionado a questões climáticas, que afetaram a oferta e a produção no último semestre.

Pescados e Carnes: Aumento Moderado

Os pescados também ficaram mais caros em janeiro, com uma alta de 1,71%, e as aves e ovos subiram 1,69%. Por outro lado, as carnes subiram de forma mais contida, com um aumento de 0,36%, o que pode ser um alívio para os consumidores, considerando o impacto das carnes no orçamento familiar.

Setores que Apresentaram Queda de Preços

Embora o grupo de alimentos como um todo tenha registrado alta, alguns itens apresentaram recuo no mês de janeiro, o que ajudou a moderar o aumento geral. Entre os produtos que ficaram mais baratos, destacam-se:

  • Cereais, leguminosas e oleaginosas: queda de -0,86%.
  • Óleos e gorduras: queda de -0,41%.
  • Leites e derivados: queda de -0,30%.

Esses produtos são fundamentais na alimentação básica e, apesar das quedas, não foram suficientes para compensar as altas em outros itens essenciais. A diminuição dos preços desses produtos pode ser reflexo de variações na produção e na demanda, além de fatores sazonais.

O Impacto da Inflação nos Orçamentos Familiares

Xícara de café da marca Duralex
Imagem: NoemiEscribano/Shutterstock

O aumento contínuo dos preços dos alimentos representa um desafio significativo para os brasileiros, principalmente para aqueles de classes mais baixas, que dependem desses produtos para compor a alimentação do dia a dia. A alta dos preços de itens básicos, como cenoura, tomate e café, afeta diretamente a cesta básica, fazendo com que muitas famílias ajustem seus hábitos de consumo para lidar com a inflação.

Desaceleração da Inflação

Embora o aumento tenha sido de 0,96% em janeiro, a desaceleração no ritmo de alta observada desde novembro de 2024 pode indicar que a inflação no setor de alimentos esteja perdendo força. No entanto, a persistência das altas mostra que o cenário ainda requer atenção, principalmente com os aumentos inesperados em produtos essenciais.

Expectativas para os Próximos Meses

A expectativa para os próximos meses é de que o ritmo de alta nos preços dos alimentos continue a desacelerar, mas sem grandes quedas. O comportamento da inflação estará muito atrelado a fatores como a oferta de produtos, questões climáticas, e a política econômica implementada pelo governo, além de influências externas, como a dinâmica do mercado global de alimentos.

Os consumidores devem estar atentos às mudanças nos preços e considerar alternativas mais acessíveis para garantir uma alimentação equilibrada.

Imagem: Andrzej Rostek/shutterstock.com

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