De olho no “caminho mais fácil” para o Senado, os comunistas esperavam ocupar a suplência de Jaques Wagner, mas podem terminar no “banco” de Ângelo Coronel.
A insatisfação do PCdoB baiano com a formação da chapa majoritária do governador Rui Costa (PT) é com o lugar destinado à sigla.
Cientes há muito tempo de que não concorreriam ao Senado como “titulares” na composição, os comunistas esperavam ocupar a suplência de Jaques Wagner (PT).
No entanto, podem terminar na suplência de Ângelo Coronel (PSD), caso o deputado federal Bebeto Galvão (PSB) fique como “reserva” do petista.
A perspectiva é de que, em uma eventual vitória de uma candidatura nacional de esquerda, Wagner seja alçado a algum cargo federal. Além disso, a expectativa é de que ex-governador tenha mais votos do que o presidente da Assembleia Legislativa.
Para chegar ao Senado, portanto, o caminho “mais fácil” seria ocupar a suplência de Wagner, e não de Coronel. Com a possibilidade de ver um socialista no posto, o PCdoB não gostou.
Nenhum comunista foi ao “forró de confraternização” dos aliados de Rui nesta segunda-feira (18), no Palácio de Ondina. E nesta terça (19), em evento do governo, a secretária Olívia Santana, pré-candidata a deputada estadual, se recusou a falar com a imprensa. Ao comentar a ausência dos aliados, o governador disse que “nem todo mundo gosta de forró”.