NOVA BAHIA 2024

Parque Tecnológico da Bahia celebra 10 anos de olho no futuro

Um ambiente para inovar e melhorar a vida das pessoas

Parque Tecnológico da Bahia celebra 10 anos do início de suas atividades – Foto: Nilton Souza/ Divulgação

Concebido para abrigar empresas, instituições de ciência e tecnologia (ICTs), startups em um ambiente vibrante de inovação vocacionado para as áreas de biotecnologia e saúde, tecnologia da informação e comunicação (TIC), energia e as engenharias, o Parque Tecnológico da Bahia celebra 10 anos do início de suas atividades. Neste ambiente, é possível encontrar ideias embrionárias que despertam a atenção de especialistas e investidores ao lado de centros de pesquisa consolidados que atuam na fronteira do conhecimento.

Imaginação, testes, experimentos, persistência, parcerias, soluções. É assim que se impulsiona um Ecossistema de Inovação, que reúne uma miríade de atores na exploração e execução bem sucedida de novas ideias. Mas o que faz a inovação acontecer? Para o titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), André Joazeiro, para que essa revolução aconteça, é necessário incentivar a produção científica e tecnológica no território baiano a partir de um espaço amplo de colaboração e geração de desenvolvimento. É através dela que é possível resolver os principais problemas da sociedade. 

Com empresas residentes, instituições de pesquisa e ensino, startups nascentes reunidas e cerca de 500 pessoas que se desdobram diariamente em iniciativas de inovação em quase 26 mil metros quadrados de área construída, o Parque Tecnológico celebra, na próxima segunda-feira, 19 de setembro, 10 anos de atuação na Bahia, conectando e fortalecendo, através de sua principal edificação, o Tecnocentro Bautista Vidal, os atores do ecossistema de inovação para a realização de grandes projetos para a sociedade.

Para o Governo da Bahia, é um espaço de fomento e de criação de soluções em tecnologia e inovação; para as instituições de ciência e tecnologia (ICTs), é um espaço de encontro com as demandas da sociedade a partir do desenvolvimento de pesquisa; e para as empresas, é um espaço de negócios e de aprendizado e crescimento, unindo suas atividades com o setor produtivo demandante. É um espaço de conexões com ideias e com o conhecimento da universidade, com recursos de fomento, infraestrutura do Estado e colaboração participativa.

“O mundo é desenvolvido pelo conhecimento, muito mais do que pela máquina ou pela infraestrutura que possui. E nós temos capacidade de fazer isso. A gente tem um bom material humano, nossas universidades são competentes, temos criatividade e o que falta pra nós é o fortalecimento do ambiente de interação que fomenta o surgimento de novos negócios, como acontece no Parque Tecnológico”, avalia Joazeiro. 

Para o secretário, participar do ecossistema possibilita que as tecnologias sejam desenvolvidas para atuarem de forma mais efetiva na melhoria da condição de vida. “Desde um sistema para assistência técnica rural, como a gente está desenvolvendo com a Companhia de Ação Regional (CAR), passando por um programa de telemedicina que leve o atendimento médico mais rapidamente aos distritos no interior, ou uma plataforma de educação à distância, como vimos a necessidade durante a pandemia, chegando em lugares mais distantes e menos acessíveis. Tudo isso tem potencial de ser desenvolvido aqui no Parque”.

A proposta para o Parque é resolver problemas concretos da sociedade com o desenvolvimento tecnológico e beneficiar os diversos atores do ecossistema. Seja colocando as empresas maduras que já trabalham com alto nível de tecnologia em prospecção no cenário nacional e internacional, seja permitindo às empresas menores o amplo acesso aos serviços e laboratórios do Parque, o que diminui seus custos operacionais e garante capacitação para que cresça como negócio e facilita o networking com parceiros mais maduros.

https://8ad689e1c546639164f6471488b3baaf.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Por meio da Áity, a incubadora de empresas do Parque Tecnológico, gerida pela Agência de Inovação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), ideias inovadoras são transformadas em negócios de sucesso. Selecionadas por meio de chamadas públicas, as 11 startups incubadas no local recebem todo o suporte para acelerar o seu desenvolvimento, com a assessoria do Sebrae. 

“Nós conseguimos transformar empresas embrionárias conduzindo-as para o estágio seguinte, empresa formalizada e inovadora. Ou seja, qualquer empresa, em qualquer estágio, se beneficia do processo. Isso significa criar uma vitrine para investidores, outro aspecto importante do Parque Tecnológico”, destaca a chefe de Gabinete da Secti, Mara Souza. Como o fomento do estado tem limites, ela explica que, após desenvolver a ideia e a empresa, chega-se o momento em que aquele negócio nascente vai precisar de um grande investimento em capital para continuar crescendo e, sobretudo, o know-how e o acesso ao mercado que um investidor traz. Os sistemas de mentoria ajudam a acessar esses investidores.

Entre as vantagens de uma startup se incubar no Parque Tecnológico estão a isenção do IPTU, redução do ISS para 2%, atuação em rede, visibilidade no mercado, ambiente equipado e que permite uma ampla troca de experiência, dentre outros fatores. As empresas recebem consultorias, capacitações, mentorias e assessorias sobre o mercado e com conteúdo atualizado. Há ainda o benefício de compartilhamento de infraestrutura e laboratórios.

Os parques tecnológicos normalmente nascem de investimentos governamentais, mas, uma vez que se consolidam e suas dinâmicas se impõem, o governo passa a ser cada vez menos demandado. “O nosso Parque nasceu de um investimento público e hoje tem uma gestão publicizada. Como é uma estrutura de autogestão, ainda jovem, nós continuamos a ajudá-los, mas a cada ano imaginamos que esse apoio seja reduzido até chegar o momento em que eles serão autossuficientes no processo”, revela o secretário. 

SIEL GUINCHOS

Veja também

GOVERNO DA BAHIA